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“O pilar social da formação, do emprego e do combate à pobreza é absolutamente essencial”

“O pilar social da formação, do emprego e do combate à pobreza é absolutamente essencial”

As transições digital e climática têm de ser acompanhadas por “um sólido pilar social que invista na formação das pessoas, na ciência e na inovação”, defendeu ontem António Costa, em Matosinhos.

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O Secretário-geral do PS e primeiro-ministro português considera que o sucesso da dupla transição digital e climática exige um “sólido pilar social” que privilegie o investimento nas pessoas, promova o progresso e que garanta uma proteção social robusta.

“A União Europeia quer uma reconstrução assente na dupla transição digital e climática, mas não podemos ignorar que, para essas transições terem sucesso, é fundamental um sólido pilar social que invista na formação das pessoas, na ciência e na inovação e que garanta uma proteção social sólida para que ninguém fique para trás”, afirmou.

“O pilar social da formação, do emprego e do combate à pobreza é absolutamente essencial”, reforçou o líder socialista no encerramento da conferência ‘Gotemburgo ao Porto – O caminho para uma Europa Social’, promovida pelo Grupo dos Socialistas e Democratas (S&D) no Parlamento Europeu e pelo Partido Socialista Europeu (PES), que teve lugar na quinta-feira, em Matosinhos, na véspera da Cimeira Social do Porto.

Na conferência, que contou também com o primeiro-ministro sueco, Stefan Loven, o Secretário-geral do PS salientou que Portugal é o Estado-membro da União Europeia “que está em melhores condições para alcançar” as metas climáticas.

“Portugal orgulha-se de ser indicado pela Comissão Europeia como o país que está em melhores condições para alcançar os objetivos de 55% ao nível da redução de emissões, mas isso tem custos. Neste concelho de Matosinhos, acaba de encerrar uma refinaria. Foi um enorme ganho para a redução das emissões, mas, também, um enorme problema pela necessidade de garantir emprego e todos aqueles que aqui trabalhavam”, reconheceu o chefe do governo português, acrescentando que estes trabalhadores “têm de possuir a oportunidade de transitarem para novos empregos”.

António Costa referiu que a dupla transição climática e digital encerra grandes vantagens, mas também comporta “riscos”, nomeadamente os que decorrem do aumento da automação, que substituiu os recursos humanos por máquinas, ainda que liberte os trabalhadores das tarefas de rotina.

 

“Momento histórico” no Porto

O líder do PS voltou, depois, a salientar que a Cimeira Social do Porto, realizada durante a tarde desta sexta-feira, ficará marcada por “um momento histórico”, projetando-se a celebração inédita de um acordo tripartido à escala europeia, “juntando sindicatos, associações representativas das empresas e da sociedade civil”, pelo que a ‘família’ política dos socialistas europeus, de acordo com António Costa, “tem bons motivos para estar orgulhosa do que já se alcançou”.

“Temos os princípios, um plano de ação, vamos ter um apoio social assinado e um compromisso de execução em relação ao plano de ação. Depois, ficamos com a estrada aberta para a execução do plano de ação”, avançou.

António Costa realçou a importância das propostas já apresentadas, nomeadamente em matéria de igualdade salarial entre homens e mulheres, bem como de conciliação entre a vida familiar e profissional.

“O plano de ação é essencial para termos sucesso nas grandes políticas que a União Europeia”, concluiu o líder socialista.

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