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Maioria “dialogante” do PS foi escolhida pelos portugueses que preferiram a estabilidade à turbulência

Maioria “dialogante” do PS foi escolhida pelos portugueses que preferiram a estabilidade à turbulência

O presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, Eurico Brilhante Dias, garantiu hoje, no Parlamento, que “a estabilidade política dos próximos quatro anos e meio” será assegurada pela maioria parlamentar do PS, que elegeu 120 deputados, algo que foi escolhido pelos “portugueses nas urnas” ao optar pela confiança em vez da “turbulência”.

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Eurico Brilhante Dias

O líder parlamentar do PS, que intervinha esta tarde durante a apresentação do Programa do XXIII Governo Constitucional, alertou todas as bancadas que, “se esperavam que este Programa do Governo fosse outra coisa que não o compromisso que os 120 deputados [do Partido Socialista] firmaram nas eleições, enganaram-se”.

O Programa do Governo é o “compromisso” dos socialistas com os portugueses, vincou Eurico Brilhante Dias, que denominou de “dialogante” a maioria absoluta, uma vez que “quer continuar a dialogar com a direita democrática e com a esquerda”.

Aqui, o presidente da bancada socialista felicitou o primeiro-ministro, António Costa, que apresentou no Parlamento um programa baseado, “no essencial”, no compromisso eleitoral do PS.

“Somos capazes de oferecer quatro anos e meio de estabilidade política. Mas a escolha da estabilidade política não foi uma escolha feita pelo Partido Socialista, nem pelos candidatos do Partido Socialista. A estabilidade política foi uma escolha dos portugueses nas eleições, nas urnas”, disse.

Eurico Brilhante Dias salientou que, “perante a turbulência, os portugueses escolheram a confiança. A confiança numa liderança, a confiança num partido central do sistema político português, a confiança num programa que é hoje aqui apresentado em larga medida”. Dirigindo-se ao social-democrata Rui Rio, o socialista lembrou que “os portugueses tinham alternativas – que não escolheram”.

O líder parlamentar do PS referiu que os portugueses depositaram toda a confiança em obter estabilidade nos socialistas, já que “à esquerda foi impossível de garantir na XIV legislatura, mas que à direita foi impossível de construir”. E continuou a comparar a esquerda parlamentar com a direita: “Se à esquerda aquilo que se passou na XIV legislatura acabou por demonstrar que não estariam preparados para os momentos mais difíceis e mais turbulentos da governação, a verdade é que à direita bailar/flirtar/insinuar que a extrema-direita podia ser parte de uma maioria parlamentar não foi grande alternativa e os portugueses chumbaram essa solução”.

“Temos um programa que, mesmo na turbulência, mesmo na tormenta, aposta no crescimento económico, mas não é um crescimento económico qualquer. É um crescimento económico que não quer deixar ninguém para trás, é um crescimento económico para todos”, sublinhou Eurico Brilhante Dias, que, reagindo às críticas do deputado da Iniciativa Liberal João Cotrim de Figueiredo, que considerou o crescimento económico “pequenino”, frisou que “é pequenino, mas é para todos, não é apenas para alguns”, uma vez que o PS não serve “nenhumas clientelas de forma particular”.

O presidente do Grupo Parlamentar do PS concluiu a sua intervenção asseverando que o “crescimento económico é também para combater as desigualdades”. “No PS, a diferença é necessária, faz parte da liberdade, mas uma diferença que aprofunda desigualdades sociais, essa nunca iremos subscrever”, afiançou.

“Afinal o país não estava farto de mim, nem do PS”

Respondendo a Eurico Brilhante Dias, o primeiro-ministro mencionou que das últimas eleições se podem “tirar múltiplas ilações”: “O país não queria nenhuma crise política e o país, de todo, não se revê naquilo que é o sentimento sempre alimentado pela bolha político-mediática”.

“Afinal o país não estava farto nem de mim, nem do PS, afinal eu não estava propriamente cansado e a verdade é que o país não só não desejava mudar, como, pelo contrário, desejava continuar a garantir estabilidade à continuidade do trabalho que iniciámos em novembro de 2015”, sustentou.

Dirigindo-se aos restantes partidos, António Costa explicou que “ficaram surpreendidos com a vontade dos portugueses por uma razão muito simples – entre o que pensam e o que pensam os portugueses vai um mundo de distância”.

O primeiro-ministro considerou em seguida que “a confiança que foi depositada no Grupo Parlamentar maioritário nesta Assembleia da República e no Governo é uma responsabilidade única numa oportunidade histórica”. “Portanto, maioria absoluta significa mesmo responsabilidade absoluta para corresponder àquilo que são os desafios que temos pela frente”, disse.

O líder do executivo concordou com Eurico Brilhante Dias ao afirmar que um dos “desafios centrais” do Governo é o crescimento e avisou que não se pode “ir outra vez nos cantos de sereia daqueles que recorrem ao truque da estatística, de fazer a média de 20 anos para disfarçar a média dos últimos seis anos, que recorrem aos últimos 20 anos para esconder que entre 2016 e 2019 crescemos sete vezes mais do que nos 14 anos anteriores”.

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