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Lisboa terá “um antes e um depois” com gestão municipal da Carris

Lisboa terá “um antes e um depois” com gestão municipal da Carris

"Esta é uma proposta histórica porque haverá, seguramente, um antes e um depois na cidade de Lisboa com a Carris a ser gerida pelo município”, afirmou ontem o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, durante a reunião de Assembleia Municipal que aprovou a gestão pela autarquia.
Lisboa terá “um antes e um depois” com gestão municipal da Carris

Fernando Medina salientou que a aprovação da gestão municipal rodoviária vem centrar o debate no que é essencial para a população, isto é, a melhoria do serviço público prestado. “Não mais haverá uma eleição, não mais haverá um debate político nem um debate de posições sobre o município que não tenha por base o que fazer com o que serviço público de transportes”, acrescentou.

O autarca socialista realçou a convergência dos partidos após a “constatação das deficiências” no funcionamento da Carris, destacando que o município terá pela frente uma “tarefa muito mais exigente e responsabilizante” para responder às necessidades dos munícipes, mas, simultaneamente, “muito mais gratificante”.

No final de novembro, Governo e a autarquia de Lisboa assinaram um memorando da passagem de gestão da rodoviária Carris para o município, com efeito a partir de 1 de janeiro de 2017, dando assim mais um passo na concretização do objetivo assumido pelo Executivo de António Costa de manter a natureza pública do sistema de transportes.

Na ocasião, como resultado do memorando, foi anunciado o reforço da frota de autocarros com a aquisição de 250 novos veículos, a contratação de 220 motoristas, a criação de 21 novas linhas e a redução do preço dos passes sociais para os idosos, assim como a atribuição de passes gratuitos a todas as crianças até aos 12 anos.

A proposta foi ontem aprovada com os votos favoráveis dos deputados municipais de PS, Cidadãos por Lisboa, BE, PAN, Parque das Nações por Nós e de 11 deputados do PSD. Os deputados de CDS, PCP e PEV votaram contra, abstendo-se 5 deputados do PSD e o deputado do MPT.

“Está nas nossas mãos tomar as decisões do ponto de vista orçamental e institucional para melhorarmos o serviço de transporte público na cidade”, sublinhou, na sua intervenção, o autarca de Lisboa, Fernando Medina.