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Lisboa Cidade de Bairros

Lisboa Cidade de Bairros

O programa “Uma Praça em cada Bairro” está integrado no conceito Lisboa Cidade de Bairros, que constitui um dos Eixos do Programa para o Governo da Cidade 2013/2017.
Lisboa Cidade de Bairros

Durante anos, fomos ouvindo dizer que os portugueses não trocam o carro nem por nada e que preferem os centros comerciais aos centros das cidades. A cidade capital, com as suas sete colinas, seria incompatível com o uso da bicicleta. A experiência de António Costa à frente dos destinos de Lisboa mostra-nos que quando há estratégia, as pessoas correspondem e os paradigmas mudam.

Só no último mandato, Lisboa ficou com mais 50 km de ciclovias. Há dezenas de novos jardins, miradouros, quiosques e esplanadas. Os lisboetas aderiram a esta nova visão, voltaram a ocupar o espaço público e agora exigem mais da sua Câmara. O caso da intervenção na Avenida Duque de Ávila tornou-se numa referência a replicar.

Para este mandato a Câmara Municipal de Lisboa atribui especial importância à execução do programa “Uma Praça em cada Bairro”. Este Programa está integrado no conceito Lisboa Cidade de Bairros, que constitui um dos Eixos do Programa para o Governo da Cidade 2013/2017, e de acordo com a Câmara Municipal, a ideia é que «a partir de uma praça, de uma rua, de uma zona comercial, do jardim do bairro ou de um equipamento coletivo existente ou projetado, se organize um ponto de encontro da comunidade local, uma microcentralidade que concentre atividade e emprego, e que se consagre como espaço público de excelência e local de estar, onde se privilegiem os modos suaves de locomoção, marcha a pé e bicicletas, os transportes públicos e onde o trânsito automóvel será condicionado».

O programa, promovido pela CML em colaboração com as 24 juntas de freguesia de Lisboa, consiste na intervenção, até 2017, em 30 praças definidas como prioritárias e divididas em três fases correspondentes a 10 áreas de intervenção. No entanto, não se trata de mais 30 processos de planeamento urbano centralizado, mas antes de 30 intervenções que serão o resultado da participação ativa dos munícipes relativamente às propostas submetidas pela Câmara. Até ao momento, já foram apresentadas e discutidas propostas para Picoas e Saldanha, Praça do Chile, Avenida da Igreja, Largo de Santos, Rua de Campolide e Rossio de Palma.

Especialmente emblemáticas, pela sua dimensão e centralidade, são as propostas da Câmara para a Praça Duque de Saldanha e para Picoas, atualmente dominadas pelos automóveis e pelas faixas de rodagem, com pouco espaço verde, reduzida mobilidade para o peão e passeios sem espaço para a instalação de quiosques e esplanadas.

Conforme noticiava site do Município no passado dia 10, «na Praça Duque de Saldanha, os passeios serão alargados junto às fachadas dos edifícios e a circulação à volta da praça será relocalizada na zona onde se encontra atualmente o estacionamento e as praças de táxis. Haverá um corte de trânsito na Av. Praia da Vitória com a introdução de fiadas de árvores e o trânsito desta zona central será encaminhado para a Av. Tomás Ribeiro. Quanto à zona do Forum Picoas e edifício Imaviz, pretende-se retirar a viragem à esquerda na Av. Fontes Pereira de Melo, alargando o passeio em frente a ambos os edifícios, retirando todo o estacionamento automóvel e de motas, criando-se zonas verdes ajardinadas, com árvores, bancos e uma pista ciclável em ambos os lados da avenida. Prevê-se também que o estacionamento das motas seja ordenado e relocalizado.»

Sublinhe-se que estas propostas agora apresentadas surgiram com base no contributo da população, na sequência do debate realizado no passado dia 4 de dezembro.