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Indústria automóvel e ciência são novas áreas para cooperação luso-indiana

Indústria automóvel e ciência são novas áreas para cooperação luso-indiana

O primeiro-ministro português, António Costa, apontou a indústria automóvel e a ciência como novas áreas com enorme potencial para, no âmbito da cooperação luso-indiana, poderem ser exploradas e aprofundadas nos próximos anos.
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Falando em Nova Deli, após ter estado reunido com o seu homólogo indiano, Narendra Modi, encontro com o qual iniciou o programa da visita oficial à Índia, António Costa definiu como “muito bons” os recentes desenvolvimentos ao nível das relações económicas entre os dois países, em particular nos últimos dois anos.

“Verificou-se uma maior presença de empresas portuguesas na Índia e de empresas indianas em Portugal. Por outro lado, as relações comerciais entre os dois países têm crescido bastante”, sustentou o chefe do Governo português.

António Costa apontou ainda que as relações luso-indianas vão conhecer em breve “um momento muito alto”, com a visita do Presidente da República em fevereiro, que será retribuída no ano seguinte pelo chefe de Estado da Índia, que visitará Portugal.

“São momentos propícios para alavancar ainda mais as nossas relações. Está identificado um conjunto de áreas onde é possível e desejável aproveitar a visita à Índia do Presidente da República para desenvolver melhores relações, designadamente a indústria automóvel, cooperação científica e cooperação entre universidades”, especificou, acrescentando que estas são áreas “com grande potencial para explorar nos próximos anos”.

Empresa portuguesa com tecnologia modelo

Antes de deixar o território indiano, o primeiro-ministro teve ainda oportunidade de se deslocar ao local do aeroporto internacional de Nova Deli onde a empresa portuguesa ‘Vison Box’ desenvolve um projeto piloto para instalação de tecnologia de identificação facial biométrica, testemunhando um bom exemplo da presença empresarial portuguesa, com projetos altamente qualificados.

“Esta é uma grande mensagem para as empresas e para a engenharia portuguesa. Uma empresa tecnológica pode ganhar concursos na Índia”, sustentou, estendendo um incentivo ao conjunto do setor empresarial nacional, para que aproveite as oportunidades abertas pelo mercado indiano.

“As nossas empresas não têm de ter medo de um país com a escala da Índia. Pelo contrário, vale a pena investir. A Índia é um país com um dos crescimentos económicos mais fortes do mundo. Vai ser provavelmente o segundo maior país do mundo nas próximas décadas. Só em matéria aeroportuária, a Índia tem neste momento em desenvolvimento cem novos aeroportos”, salientou o líder do executivo português.

Neste incentivo que transmitiu às empresas portuguesas, António Costa dirigiu-se em particular ao setor tecnológico, um setor, como sublinhou, “onde a escala do país, ou a posição geográfica de origem, não são fatores de peso”.

“A partir de Portugal, temos a capacidade de produzir estes serviços para qualquer ponto do mundo, qualquer que seja a dimensão do país”, sustentou.