O Ministério liderado por Marta Temido anunciou esta segunda-feira que o Governo vai reforçar financeiramente os hospitais do SNS com 84 ME com vista a “aumentar a capacidade de resposta e de produção do SNS e reduzir a dívida”.
“Este [reforço] junta-se aos anteriores reforços para regularização de pagamentos, realizados em agosto e no início de dezembro, fazendo de 2021 o ano em que houve um maior reforço para pagamento de dívida: 1.064 milhões, cerca do dobro do reforço do ano passado, que foi de 560 milhões de euros”, pode ler-se no comunicado.
Recorde-se que no final do passado mês de dezembro o Governo socialista disponibilizou 630 milhões de euros aos hospitais E.P.E. (Entidades Públicas Empresariais) de modo a que estas pudessem liquidar, pelo menos, 80% dos pagamentos em atraso a fornecedores externos, em virtude do forte impacto da pandemia de covid-19 na atividade hospitalar.
A esta verba de 630 ME, somam-se 115 milhões para as administrações regionais de saúde, o que, tal como o executivo liderado por António Costa anunciou, totaliza um reforço de 745 milhões de euros no SNS.
Deste modo, os hospitais do SNS vão poder “iniciar um novo ano com uma situação financeira mais robusta, melhor preparados para dar respostas de Saúde aos cidadãos”.
O Governo, através do Ministério da Saúde, lembra ainda que em 2021 registaram-se aumentos de capital para apoiar investimentos dos hospitais e administrações regionais de saúde, no montante global superior a 150 milhões de euros.
Este “investimento adicional” pretendeu capacitar as entidades de saúde e “apoiar um ano de grande recuperação de atividade assistencial”.
Em termos de recuperação das atividades de saúde, o Ministério da Saúde revela que “até novembro, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde tinham realizado o maior número de consultas e cirurgias de sempre: mais de 11,5 milhões de consultas médicas (+12% do que no período homólogo de 2020) e mais de 654 mil intervenções cirúrgicas (+23,5% do que homólogo do ano passado)”, adianta o comunicado.