O Governo pretende reforçar a aposta na formação profissional e nas qualificações dos portugueses, pelo que defende que seja concretizado um investimento na ordem de 230 milhões de euros (ME) na “infraestrutura da formação profissional” em todo o país, disse esta quinta-feira o secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional.
O investimento, que será realizado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “vai permitir investir em toda a rede de centros de formação profissional incluindo a construção de novos centros e requalificação dos existentes, em particular, para os equipar nas áreas do digital, nas áreas da transição energética e ambiental e nas áreas industriais”, adiantou Miguel Cabrita após a inauguração das novas instalações do Balcão de Atendimento Permanente ao Emprego, do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), do Balcão de Atendimento Permanente ao Emprego, no concelho de Santiago do Cacém (Setúbal).
Falando à margem da cerimónia de inauguração das instalações do novo equipamento, o qual está inserido no projeto do novo Centro de Emprego e Formação Profissional do Litoral Alentejano, o governante referiu que está previsto um investimento “perto de 20 milhões” de euros para a construção do novo Centro de Emprego e Formação Profissional do Litoral Alentejano, situado no antigo campus universitário do Instituto Piaget, em Vila Nova de Santo André.
O projeto do futuro centro prevê a ocupação de uma área de cerca de 64 mil metros quadrados, onde, além da reabilitação do edifício principal do antigo polo universitário, serão construídos três novos edifícios que vão permitir alargar as ofertas formativas.
Segundo o governante, este “é um dos cinco novos centros que vão existir” em todo o país, de modo a dar “melhor cobertura territorial em regiões onde se identificava que havia ainda um défice” na resposta do IEFP e “é também um dos investimentos que está mais avançado”.
“Houve aqui uma oportunidade, a partir da estrutura do antigo polo universitário que foi desocupada, para iniciar desde já o investimento e fazer esta grande expansão que está prevista ao longo dos próximos cinco anos”, especificou Miguel Cabrita.
Os novos centros de formação vão “permitir ter uma estrutura de formação modernizada, plenamente equipada na área digital, na área da energia e ambiente, nas áreas industriais”, o que irá também garantir as respostas a outras áreas, “como o turismo, que têm uma grande preponderância na região” do litoral alentejano, frisou o secretário de Estado.
“Isto vai multiplicar a nossa capacidade formativa na região porque até agora estávamos dependentes de pequenas estruturas de formação, nalguns concelhos até de espaços alugados e arrendados, e servir todos os municípios” da região, sublinhou Miguel Cabrita.
O secretário de Estado destacou ainda que o Governo socialista pretende alocar verbas para a formalização de “centros protocolares” a desenvolver no âmbito de parceria “com associações empresariais” em diferentes regiões do país.