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“Governo Mais Próximo” afirma prioridade à habitação para atrair e fixar jovens no interior

“Governo Mais Próximo” afirma prioridade à habitação para atrair e fixar jovens no interior

Praticamente esquecida durante décadas por sucessivos governos, a política de habitação pública assume hoje, com o atual Governo socialista, um caráter decisivo nas prioridades de investimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A garantia foi ontem reafirmada no Fundão pelo primeiro-ministro.

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António Costa presidiu ontem, na Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, no Fundão, distrito de Castelo Branco, à cerimónia de assinatura de um acordo que, no âmbito dos fundos do PRR, vai permitir construir e recuperar fogos para habitação acessível nesta região, uma iniciativa que o primeiro-ministro classificou como absolutamente necessária e que muito poderá ajudar a “atrair e a fixar jovens nos territórios de baixa densidade”.

Quanto à questão de o Governo querer investir fundos do PRR na construção de novas habitações em territórios que perdem população e onde há casas ao abandono, António Costa, reconhecendo ser esta uma equação que à primeira vista possa parecer um paradoxo, socorre-se da argumentação também defendida pelo edil do Fundão, Paulo Fernandes, quando aludiu que, para se poder fixar ou atrair jovens para o interior do país é, antes de mais, necessário “ter habitação adequada” para oferecer a esse extrato populacional.

Para o primeiro-ministro, a missão de atrair empresas de informação tecnológica e aumentar o número de engenheiros residentes nos territórios de baixa densidade, tarefa que o Governo, em conjunto com as autarquias e com outras entidades, está a conseguir concretizar com êxito, pode em muito casos fracassar, como referiu, caso as famílias “não encontrarem habitações adequadas para se instalar”.

Reconhecendo que o país tem de continuar a investir em “infraestruturas, sistemas de saúde ou na conectividade”, o primeiro-ministro afasta, contudo, que possa haver êxito na missão de atrair jovens quadros para o interior ou travar o despovoamento destes territórios, caso não haja “uma forte intervenção na política de habitação”.

Não se trata, disse ainda o chefe do executivo e líder socialista, de andar “dentro de um helicóptero a espalhar pelo país milhões de euros do PRR para que caiam onde o vento os levar”. Trata-se, isso sim, como defendeu, de seguir critérios e de obedecer a acordos, garantindo que o PRR “é um plano com objetivos fixados e bem definidos”.

Antes desta deslocação ao município do Fundão, António Costa esteve em Idanha-a-Nova, na Herdade do Couto da Várzea, onde assistiu à apresentação de vários projetos de investigação que procuram valorizar produtos da região.

Estas ações inserem-se no âmbito da iniciativa ‘Governo Mais Próximo’, que decorre quarta e quinta-feira, no distrito de Castelo Branco, e que levará os vários membros do executivo a marcar presença por toda a região, estando agendado para esta quinta-feira um Conselho de Ministros na capital de distrito.

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