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Governo garante que função pública não perde poder de compra

Governo garante que função pública não perde poder de compra

O Governo quer atualizar já no próximo ano os salários dos trabalhadores da função pública em “linha com a inflação média anual”, que será apurada, como garantiu a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, “no final deste mês de novembro”.

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Alexandra Leitão

No encontro que ontem manteve com os sindicatos da função pública, a ministra Alexandra Leitão garantiu que o Governo continua empenhado em que os trabalhadores do Estado “não percam poder de compra”, justificando a apresentação da cláusula de salvaguarda na reunião como uma garantia do cumprimento deste objetivo.

De acordo com a ministra da Modernização do Estado e Administração Pública, que falava aos jornalistas no final de uma ronda negocial suplementar, se à data da aprovação do diploma relativo à atualização salarial, “que será sempre posterior a 30 de novembro”, dia em que se saberá exatamente qual a inflação registada no país, a média anual da inflação nos últimos 12 meses for superior àquela que conduziu o executivo socialista a propor um aumento salarial para os trabalhadores da função pública de 0,9%, “o Governo não deixará de acompanhar esse aumento”.

Reafirmando que a proposta inicial do Governo, de 0,9% de aumento salarial para os trabalhadores do Estado, foi calculada “subtraindo da inflação expectável nos 12 meses os 0,1% de deflação que se verificavam em 2020”, um raciocínio e uma lógica que, garante, “se manterá”, Alexandra Leitão salientou, contudo, “tal como sempre foi dito”, e dentro do atual contexto político de uma gestão orçamental por duodécimos nos primeiros meses do próximo ano, que o objetivo do Governo sempre foi o de atualizar os salários dos trabalhadores para que não houvesse uma perda de poder de compra, lembrando que a proposta de uma atualização salarial de 0,9% “custará ao Estado 225 milhões de euros”.

Contas certas sobre a inflação só se poderão fazer com rigor, como lembrou a governante, a partir do dia 30 de novembro, altura em que o INE (Instituto Nacional de Estatística) publicará os dados da inflação média anual em Portugal, mas ainda muito a tempo, como salientou, de que no mês seguinte de dezembro se possa “operacionalizar uma eventual correção” permitindo que os trabalhadores da Administração Pública possam desde o início do ano “receber esta atualização”.

Portugal com uma das mais baixas taxas de inflação da UE

Também o ministro das Finanças João Leão, que falava em Lisboa aos jornalistas à margem da cimeira anual da Autoridade e Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, reiterou a proposta do Governo de aumentos salariais de 0,9% para os trabalhadores da função pública, destacando que Portugal, dentro do conjunto dos países da União Europeia, é um dos que tem “uma das mais baixas taxas de inflação”.

Um valor que, na opinião do ministro João Leão, “está em linha com todas as previsões do Governo”, garantindo que o aumento verificado na taxa de inflação é considerado por todos, bancos centrais e ministros das Finanças europeus, “como de natureza temporária”, havendo mesmo, como salientou, um “largo consenso” de que a inflação “vai começar a reduzir já a partir do próximo ano”.

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