Governa aprova 60 milhões para reforço dos meios aéreos
“Esta autorização tem um valor global máximo de cerca de 60 milhões de euros e integra-se no processo de transformação do modelo de acompanhamento do comando e operação de meios aéreos”, disse Eduardo Cabrita, na conferência de Imprensa realizada após o Conselho de Ministros.
O ministro destacou os “aspetos inovadores” que vão ser introduzidos, como o aumento do número de meios disponíveis relativamente ao que existia em anos anteriores, passado de 41 para 50 aeronaves, adiantando que os meios vão também estar disponíveis ao longo de todo o ano e não só no período crítico de incêndios florestais, além de passarem a operar mais horas por dia.
Dos 50 meios aéreos contratados, através de concurso público internacional e plurianual, conduzido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, 14 (10 helicópteros ligeiros e quatro aviões anfíbios médios) vão estar disponíveis todo o ano e realizar a operação diária com referência à existência de luz solar em detrimento das 12 horas por dia.
Outro aspeto que o ministro classificou como “tecnicamente inovador” passa pela existência de dois aviões ligeiros de avaliação e coordenação, aeronaves que vão “acompanhar e coordenar toda a operação dos vários meios aéreos envolvidos num combate a um incêndio de grande dimensão”, acrescentando que esta operação decorre “já do trabalho da unidade de missão que tem vindo a programar o novo modelo de resposta a incêndios rurais”.
Eduardo Cabrita revelou ainda que, pela primeira vez, fica prevista a existência de um meio aéreo (helicóptero ligeiro) para operar na região autónoma da Madeira.
Os 50 meios aéreos a serem contratados consistem em 38 helicópteros ligeiros, um dos quais para a Madeira, seis aviões anfíbios médios, quatro anfíbios pesados para incêndios de grande dimensão e dois aviões ligeiros de avaliação e coordenação.
Destes, 13 helicópteros ligeiros, dois aviões anfíbios pesados e os aviões de coordenação e avaliação vão ser equipados com câmara de videovigilância e de infravermelhos, passando ainda a existir “maior eficiência na utilização dos meios aéreos através do uso de gel extintor e retardante”.
De notar que o combate aos fogos conta ainda com os meios próprios do Estado, sendo que estão aptos três Kamov e outros três helicópteros ligeiros.
O governante anunciou também a constituição de um grupo de trabalho, com representantes dos ministérios da Administração Interna e da Defesa, que irá definir, nos próximos 45 dias, o exercício pela Força Aérea, num horizonte de médio prazo, da operação e comando de meios aéreos de combate a incêndios.