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Europa deve mobilizar-se para voltar a ser uma potência económica liderante

Europa deve mobilizar-se para voltar a ser uma potência económica liderante

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que os europeus têm de se mobilizar “para que a Europa seja cada vez mais competitiva nesta economia global, que é muito exigente para todos nós”.

Numa declaração aos jornalistas após uma reunião com o Presidente francês, François Hollande, em Lisboa, o primeiro-ministro sublinhou que os europeus têm de vencer “enormes desafios, desde a união energética à união digital, para que a Europa possa ser de novo uma grande potência económica liderante em todo o mundo”.

António Costa agradeceu a França “todo o apoio dado” a Portugal “na análise serena do esforço feito” pelo país ao longo dos últimos anos no sentido de “reduzir o seu défice e cumprir as regras comuns do euro”.

“Reduzimos de 2010 até 2015 um défice de 8,6% para 3,2% e por isso é injusto que seja aplicada uma sanção, e é, além do mais, contraproducente”, pois “estamos no primeiro ano em que a própria Comissão Europeia reconhece que Portugal vai cumprir um défice abaixo dos 3% e todas as informações que temos da nossa execução orçamental confirmam que iremos alcançar um bom resultado”.

Por outro lado, o primeiro-ministro português criticou uma lógica tecnocrática e mecânica na aplicação das regras financeiras da zona euro, defendendo que essas mesmas regras devem pelo contrário “ajudar a reforçar a confiança” entre todos os Estados-membros.

Acrescentando que “é sobretudo fundamental que nos mobilizemos todos para que a Europa seja cada vez mais competitiva nesta economia global, que é muito exigente para todos nós, mas onde há enormes desafios, desde a união energética à união digital. É preciso que a Europa seja de novo uma grande potência económica liderante em todo o mundo”.

Maior coesão e esperança

Por seu lado, o Presidente francês defendeu que “não se pode sancionar um país que trabalhou para a coesão da zona euro como foi o caso de Portugal”, reconhecendo que o país “fez esforços enormes e consentiu muitos sacrifícios” para cumprir as regras europeias.

Salientando a sua oposição à eventual aplicação de sanções a Portugal, François Hollande manifestou que a França “quer que a Comissão Europeia tome rapidamente a sua decisão”.

O Presidente francês sustentou ainda que “é preciso dar ao projeto europeu coesão e esperança, pois a União Europeia não se limita a regras e procedimentos”.

in Acção Socialista.