home

Estado volta a adquirir arte contemporânea

Estado volta a adquirir arte contemporânea

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou ontem, em Lisboa, que 2019 “vai ser mesmo o ano em que o Estado vai voltar a adquirir arte contemporânea”, dando cumprimento a um compromisso, assumido pelo atual Governo, de reforço da política de promoção cultural do país.
Estado volta a adquirir arte contemporânea

O chefe do Governo falava na sessão de inauguração da ARCOlisboa, na Cordoaria Nacional, onde este certame dedicado à arte contemporânea vai decorrer até domingo, na sua quarta edição, com 71 galerias de 17 países.

“É uma responsabilidade e um dever dos poderes públicos fomentar a arte contemporânea”, sublinhou António Costa, anunciando a formalização da Comissão para a Aquisição de Arte Contemporânea para o biénio 2019/2020, que será composta pela curadora Sandra Vieira Jürgens, pelos artistas Manuel João Vieira, Sara Nunes e André Campos, e por dois representantes do Ministério da Cultura, assim como a constituição de um fundo de 300 mil euros para a aquisição de obras de arte.

O objetivo, segundo o chefe do Governo, é que o Estado “volte a enriquecer o acervo da arte que se produz no dia-a-dia, fazer com que tenha uma gestão descentralizada, e que seja democratizado e acessível a todos os cidadãos”.

“Esta é mais uma forma de promover a cultura”, sublinhou António Costa.

A Comissão para a Aquisição de Arte Contemporânea, que irá funcionar na dependência do Ministério da Cultura e terá uma dotação anual de 300 mil euros, vai identificar obras de artistas plásticos para fazerem parte da coleção de arte contemporânea do Estado, assumindo ainda o objetivo de elaborar um projeto de catálogo e propor a realização de exposições das obras.

O primeiro-ministro recordou ainda as iniciativas desenvolvidas pelo atual Executivo na área das artes plásticas, nomeadamente, a realização de exposições na residência oficial, a aquisição de seis obras da pintora portuguesa Maria Helena Vieira da Silva, agora depositadas no Museu Arpad Szenes – Veira da Silva, e a manutenção no país da Coleção Miró, “que em breve ficará em permanência em Serralves”.

Coorganizado pela Feira de Madrid (IFEMA) e pela Câmara Municipal de Lisboa, a ARCOlisboa apresenta na Cordoaria Nacional, até ao próximo domingo, galerias de 17 países, com a presença especial de galerias africanas, assim como uma secção dedicada às publicações de arte contemporânea.