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Educação será um pilar ativo no fortalecimento da Europa Social

Educação será um pilar ativo no fortalecimento da Europa Social

A educação dará um “contributo decisivo” para o aprofundamento do Pilar Social Europeu, referiu o ministro Tiago Brandão Rodrigues que garantiu ser este um dos “assuntos que vão marcar” indelevelmente o semestre da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

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Educação será um pilar ativo no fortalecimento da Europa Social

Intervindo na conferência de imprensa no final do Conselho informal de ministros da Educação da União Europeia, que decorreu através de videoconferência, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que estava acompanhado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, depois de deixar a garantia de que a educação “dará um contributo decisivo” para a preparação da Cimeira Social Europeia, que decorrerá no Porto nos dias 7 e 8 de maio, lembrou que será neste encontro que será aprovada uma declaração onde se assumirá que o emprego, as competências e a proteção social “são elementos centrais” da recuperação económica da União Europeia.

De acordo com Tiago Brandão Rodrigues é decisivo que a UE aposte no reforço da “dimensão social da Europa”, mostrando-se convicto do papel determinante que a educação e a formação podem desempenhar no avanço e no fortalecimento do Pilar Social da Europa e no “desenho da nova Europa que queremos construir”.

Já o ministro Manuel Heitor destacou, por seu lado, o consenso generalizado que existe em torno da dimensão social do ensino superior e da sua importância na “mobilidade europeia”, destacando a este propósito o caso do programa Erasmus, mas também a constituição de “redes de universidades europeias”, estruturas consideradas como um verdadeiro “caso de estudo para a inclusão social”, lembrando ainda a “dimensão social da conversão e da atualização de competências”, matérias que estão, como assinalou, “cada vez mais associadas à dupla transição digital e verde”.

Neste Conselho informal de ministros da Educação da União Europeia, para além dos ministros da Educação dos 27 Estados-membros, participaram os comissários europeus Mariya Gabriel, que tem a pasta da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, e Nicolas Schmit responsável europeu pelas áreas do Emprego e Direitos Sociais, para além do conselheiro da Comissão Europeia para os direitos sociais, José António Vieira da Silva.

Erasmus abre novas portas

Nesta conferencia de imprensa, o ministro Manuel Heitor teve ainda ocasião para anunciar que durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia novos passos serão dados no aprofundamento do programa Erasmus, abrindo-o não só ao ensino profissional, mas também “ao ensino vocacional”, criando deste modo, como defendeu, uma “aliança de instituições” a nível do ensino superior na Europa.

Uma rede de alianças que servirá, ainda segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, para se começar a estudar de forma mais aprofundada a “dimensão social do programa Erasmus” e o seu decisivo contributo no desenvolvimento das carreiras docentes e de investigação”, mas também para se saber mais sobre a “troca de materiais”.

Manuel Heitor lembrou ainda que na União Europeia trabalham atualmente em rede 41 universidades, sendo que Portugal participa neste quadro com 14 instituições do ensino superior, através de institutos politécnicos e universidades, defendendo o governante que este é o desafio que está implícito no programa, que é o de ter instituições do ensino superior “verdadeiramente formadas com base em consórcios europeus”, podendo eventualmente evoluir no futuro para “aquilo que se pode chamar um recrutamento conjunto de docentes e de investigadores com base em programas conjuntos”.

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