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Dez medidas para uma gestão eficiente na Saúde

Dez medidas para uma gestão eficiente na Saúde

O Ministério da Saúde apresentou ontem os primeiros dez passos para uma gestão mais eficiente na Saúde. É uma espécie de Plano de Estabilidade e Crescimento para o sector. Cabe agora a cada serviço decidir como vai apertar o cinto para atingir as metas da tutela de uma poupança de 50 milhões de euros até ao final do ano. Reduzir horas extraordinárias, a despesa em farmácia hospitalar, justificar as novas contratações, medicamentos genéricos mais baratos ou poupar papel e electricidade são apenas alguns dos exemplos.

“Sentimos necessidade de contribuir para o equilíbrio das finanças públicas contendo os gastos, mas sem pôr em causa o leque dos cuidados de saúde que prestamos”, assegurou a ministra da Saúde. As “dez primeiras medidas para uma gestão mais eficiente do SNS”, segundo explicou Ana Jorge, passam por dar aos hospitais um prazo de 20 dias, a partir do momento em que for publicado o despacho conjunto com o Ministério das Finanças, para apresentarem um plano de redução das despesas. “Pretendemos baixar cinco por cento a despesa com horas extraordinárias, dois por cento a despesa com fornecimentos e serviços externos e assegurar o cumprimento da meta orçamental de crescimento de apenas até 2,8 por cento da despesa em farmácia hospitalar”, esclareceu. Só em horas extraordinárias o ministério prevê reduzir 13 milhões no espaço de um ano.

Nos próximos 30 dias, será elaborado um Guia de Boas Práticas para as despesas correntes. No mesmo sentido, os gabinetes do Ministério da Saúde estão também mais atentos às suas deslocações e a cuidados como deixar os computadores desligados ou “utilizar jarros de água em vez de garrafas”, exemplificou Ana Jorge, para mostrar que os detalhes não ficaram esquecidos. A 1 de Junho entra em funcionamento uma espécie de “central” para as compras, contabilidade e recursos humanos do SNS.