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Concretizar uma nova visão para o território nacional

Concretizar uma nova visão para o território nacional

O líder do Governo reiterou esta quarta-feira, em Coimbra, a defesa de uma “nova visão” do território nacional, sustentando que a riqueza territorial do país tem de ser aproveitada “na sua integralidade”.
O PR, o Governo e o PS

António Costa falava na cerimónia de inauguração da Casa da Jurisprudência, no antigo Colégio da Trindade, onde considerou que recuperação deste edifício, integrado em Coimbra Património Mundial, “é um bom símbolo de como de ruínas é sempre possível erguer a reconstrução”.

Um exemplo “inspirador” que o primeiro-ministro projetou, também, no esforço de reconstrução que deve mobilizar o país, aludindo à devastação causada pelos incêndios.

“Num momento em que o país sofreu uma vasta devastação, esta obra é inspiradora de que, juntando vontades, juntando recursos, mobilizando a nossa determinação”, é possível “reerguer da ruína” aquilo que foi destruído, “e ao reerguer da ruína, fazer melhor”, afirmou.

Subscrevendo as palavras proferidas na sessão pelo reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, o líder do Governo assinalou que o país tem uma oportunidade para refletir estrategicamente sobre o seu futuro.

Uma reflexão, salientou António Costa, que deve ser feita “não só pela tragédia” que se viveu, que ilustra bem os desafios estruturais vastos que existem pela frente, mas também porque importa “pensar e estudar, desde já”, o que se quer para o futuro do país após o quadro comunitário Portugal 2020.

“Temos de olhar agora para aquela zona do território que durante anos nos habituámos, erradamente, a tratar por interior e que, durante séculos”, funcionou “como que uma muralha defensiva para assegurar a nossa independência nacional”, apontou.

Por isso, prosseguiu, é preciso compreender que, “neste século XXI, sendo parceiros de Espanha na União Europeia, no sistema coletivo de segurança”, a ambição de Portugal tem de ir no sentido de fazer com que a “fronteira não seja mais uma muralha defensiva, mas seja simplesmente um ponto de passagem”, compreendendo que “as regiões de fronteira são aquelas que estão mais próximas do coração do mercado ibérico”.

“É a escala em que temos de pensar, em que temos de nos reorganizar e em que temos de ser capazes de produzir e de comercializar”, consolidando a coesão territorial, pois só assim haverá “capacidade de atração e fixação”, enfatizou.

“Temos de apontar para uma meta ambiciosa” e temos de ser “capazes de a concretizar”, exortou António Costa.