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Com este Governo, todo o cuidado é pouco

Com este Governo, todo o cuidado é pouco

PS está contra o enfraquecimento das funções sociais do Estado e considera que empobrecimento é estratégia ideológica do Governo

António José Seguro disse hoje no encerramento da conferência “um Novo Contrato Para a Protecção Social” que é preciso vigiar de perto este Governo, devido às opções de corte e enfraquecimento das funções sociais do Estado que tem desenvolvido e parece querer aprofundar.  “Com este Governo, todo o cuidado é pouco”, disse, acrescentando que a estratégia de pobreza seguida pelo Governo corresponde a uma opção ideológica e que o PS se opõe “aos que defendem um Estado mínimo”.

Portugal não tem assistido a um programa de ajustamento, considera o líder socialista. “O primeiro-ministro assumiu, mas só depois das eleições, que Portugal precisava de um programa de empobrecimento e tem vindo a implementá-lo”. O PS não concorda com esta estratégia e “defende a competitividade pela qualificação e valorização do capital humano, e não pelos salários baixos”, disse Seguro.

“Precisamos de ter uma economia de mercado, mas não de uma sociedade de mercado”, considera o secretário-geral do PS, para quem a “existência de regras através de um Estado regulador e que combata as desigualdades sociais” são essenciais. Tal como a existência da educação e saúde públicas, que “não são um capricho socialista”, mas “uma necessidade da sociedade e do nosso país”. O Estado social “garante níveis de dignidade, mas também de coesão social” e combater a pobreza é um dever e um imperativo ético e civilizacional.

“Queremos um Estado forte, não um Estado mínimo. Não queremos um Estado onde cada um fique entregue à sua sorte, dependendo do que tem no banco”, diz António José Seguro, que reforça que “em política não somos todos iguais. É pelas pessoas e pelos portugueses que nós estamos na política”, disse.

Lembrando o mais de um milhão de portugueses sem emprego, e referindo-se aos fundos europeus que chegarão a Portugal até 2020, o líder socialista defende que “parte do dinheiro dos fundos deve servir para requalificação desses portugueses, para que possam ser úteis ao nosso país e obtenham um rendimento que lhes permita viverem com dignidade”. Atualmente, 36% dos jovens em idade de trabalhar estão desempregados.