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Carlos César considera greve dos enfermeiros “sem coração”

Carlos César considera greve dos enfermeiros “sem coração”

O líder parlamentar do PS deixou hoje um apelo a um “diálogo frutuoso” e a um “empenhamento maior, sobretudo da componente sindical”, para que se acabe rapidamente com a greve cirúrgica dos enfermeiros, que intitulou de “greve sem coração”.
Carlos César

No final da reunião semanal da bancada do PS, Carlos César defendeu que esta greve dos enfermeiros é “injustificada” e dirigida aos doentes. Por isso, “é uma greve sem coração” e “há muito boas razões” para que os sindicatos se empenhem mais e cheguem rapidamente a um acordo “que deixe de penalizar as pessoas”, alertou.

O presidente da bancada socialista também pediu uma negociação “serena” entre a ADSE e os grupos privados de saúde, para se preservar este esquema segurador dos funcionários públicos.

“Uma negociação serena pode – e deve – ser feita. Da parte do Partido Socialista, estamos empenhados na defesa deste esquema de seguradora da ADSE”, sublinhou Carlos César, que disse que o Governo “deve usar da firmeza adequada à defesa do interesse público e do que está em causa em termos dos preços praticados”.

Carlos César explicou que o que se está a passar nesta fase do processo é que “cada uma das partes deposita o poder que tem na negociação”, o que é “sempre preocupante”, já que se trata de “um esquema segurador que abrange mais de um milhão de portugueses”.

“O Governo não pode nem deve ficar refém de instituições privadas para acautelar um interesse que é manifestamente público”, avisou.

O Partido Socialista defende a ADSE, “queremos que a ADSE seja um instrumento que assegure a vida dos cidadãos que para eles contribuem mensalmente e entendemos também que o Estado e, em particular, o Governo tem responsabilidades para que isso assim aconteça”, garantiu o também presidente do PS.

Economia portuguesa está a crescer mais que na zona euro

Carlos César falou ainda sobre o crescimento da economia, explicando que o PS está preocupado “à escala universal, visto que o abrandamento da economia é sobretudo induzido pela conjuntura externa”. No entanto, “não se trata do abrandamento da economia, trata-se de um crescimento mais moderado”, esclareceu.

“O nosso grande objetivo, em termos de política económica, é de crescer acima da zona euro e de crescer acima da União Europeia e, felizmente, o nosso país está a crescer a mais do que a zona euro e está a crescer a mais do que a União Europeia”, congratulou-se.