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Campanha de vacinação conjunta para Covid-19 e gripe arranca com “segurança e eficácia”

Campanha de vacinação conjunta para Covid-19 e gripe arranca com “segurança e eficácia”

No dia em que arranca a campanha da vacinação conjunta contra a Covid-19 e a gripe, a ministra da Saúde, Marta Temido, veio garantir que “a segurança e a eficácia das vacinas permanece idêntica”, seja em coadministração, seja em administração separada.

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Marta Temido

Falando esta manhã em Almada, no Hospital Garcia de Orta, a ministra da Saúde deixou a garantia que a coadministração das duas vacinas, que deverá abranger cerca de dois milhões de pessoas com 65 ou mais anos, sendo uma medida que, por um lado, vai potenciar e melhorar os prazos de entrega das encomendas feitas pelo país, garante, também, por outro lado, que esta sincronia não faz antever “qualquer aumento de eventuais reações às vacinas”, apelando, contudo, para que ninguém deixe de estar atento caso surja “alguma reação inesperada”.

Segundo Marta Temido, o ritmo da vacinação vai conhecer já a partir do próximo mês de novembro um claro incremento e “uma maior intensificação”, com as pessoas a serem convocadas através dos “mecanismos habituais”, designadamente, através de mensagens de sms, voltando a ministra a lembrar que as pessoas têm que declarar de forma clara se a sua opção é a de tomar as vacinas em separado.

Especificamente sobre a vacina da gripe, a ministra da Saúde mencionou que esta é uma vacina que é feita com base “nas estirpes que circulam no ano ou em anos anteriores”, lembrando que o surto pandémico de Covid-19 registado no último ano e meio obrigou a que a maioria da população deixasse de ter a exposição social habitual, facto que terá contribuído, ainda segundo a governante, para que “praticamente não se tivesse registado uma atividade gripal assinalável no passado inverno”.

Uma realidade que pode ser invertida já neste inverno, mostrando a ministra Marta Temido alguma apreensão a este propósito, referindo não estar posta de lado a hipótese de este ano, abertas de novo as portas do convívio social e profissional, o vírus da gripe poder surgir com alguma intensidade, assim como de outras infeções respiratórias.

“Vai ser um inverno que se apresenta na sequência de um período de confinamento prolongado, nalguns casos de menor utilização de serviços de saúde e, por isso, temos de estar atentos”, acrescentou.

Equilíbrio financeiro

Outros dos temas referidos pela ministra Marta Temido na visita que fez esta manhã, teve a ver com as questões relacionadas com o equilíbrio financeiro do Ministério da Saúde, uma área, como garantiu, que devido aos constrangimentos financeiros conhecidos, mas também com a preocupação de manter e de aprofundar a sustentabilidade financeira do SNS, impede de responder positivamente a todas as reivindicações que os profissionais de saúde põem em cima da mesa, mesmo muitas daquelas que “são indiscutivelmente justas”.

Quanto às greves dos profissionais de saúde agendadas para o próximo mês de novembro, a ministra referiu que apesar de muitas das reivindicações serem inquestionavelmente justas, seria incompreensível que se pudesse esquecer o esforço que este Governo do PS tem vindo a fazer ao longo das duas legislaturas, na modernização, mas também na criação de “melhores condições de trabalho aos profissionais” do SNS.

De acordo com Marta Temido, seria no mínimo desonesto tentar dissipar o enorme empenho que o Governo tem revelado, nesta como na anterior legislatura, no sentido de recuperar e de qualificar o SNS, lembrando a propósito, entre outros números, os 29 mil profissionais que entraram desde 2015 e os 700 milhões de euros que estão agendados no OE2022 para a área da saúde.

Trata-se, como assinalou, de um enorme investimento na saúde que será conseguido “à custa de um menor investimento noutras áreas” que também reclamam há muito por novo investimentos.

Já sobre as negociações do Orçamento do Estado para 2022, a ministra deixou a mensagem de que “estamos todos a trabalhar” e que “este não é o momento de atirar a toalha ao chão, nem nos serviços de saúde, nem em quem quer fazer progredir o pais, nem na sociedade em geral”.

“Todos os que estão empenhados em soluções de uma política de esquerda para o nosso pais, que continuem a trabalhar na coesão social e num país com mais oportunidades para todos, num país mais justo”, preconizou.

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