As privatizações têm de ter o escrutínio da Assembleia da Republica
O PS considerou hoje que o papel do consultor do Governo António Borges é inaceitável num Estado de direito.
O vice-presidente da bancada socialista Mota Andrade considerou “absolutamente inaceitável que, tendo decorrido a quinta avaliação da ‘troika’ a Portugal, os portugueses continuem sem conhecer os resultados da mesma, assim como os compromissos assumidos em matéria de programa de privatizações”.
Depois, Mota Andrade lançou um duro ataque ao ex-dirigente social-democrata e atual consultor do Governo em matéria de processo de privatizações, António Borges.
“A ação do professor António Borges não cabe e não é aceitável num Estado de Direito”, disse, considerando que a ação deste consultor do Governo “passa ao lado de todo e qualquer controlo democrático”.
Mota Andrade interrogou-se “como é que alguém que exerce funções em instituições privadas, que não foi sufragado nem direta nem indiretamente pelos portugueses, pode ficar à frente de um processo de privatizações que mexe com toda a estrutura económica do país e põe em causa o futuro dos portugueses”.
A ação de António Borges “tem passado por completo ao lado do escrutínio da Assembleia da República, a qual deveria ter um controlo a todo o tempo das privatizações que estão a ser levadas a cabo”.