home

António Guterres orgulhoso de ver Portugal “na linha da frente” deste combate

António Guterres orgulhoso de ver Portugal “na linha da frente” deste combate

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, expressou orgulho, como português, por ver Portugal “na linha da frente” no combate às alterações climáticas, assim como em matéria de migrações e refugiados.
António Guterres orgulhoso de ver Portugal “na linha da frente” deste combate

“É para mim, como português, um motivo de particular orgulho ver que Portugal tem estado na linha da frente, quer em matéria de alterações climáticas, questão central do nosso tempo, quer em algo que me é particularmente querido, até pelo que fiz como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados”, afirmou António Guterres, em Nova Iorque, onde decorre a Cimeira da Ação Climática, evento que conta com a participação, em representação do Governo português, do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

Aproveitando um encontro com o Presidente da República, no seu gabinete nas Nações Unidas, António Guterres elogiou também “a coragem, a eficácia e a extrema importância do contingente português na República Centro-Africana”, apontando que “a cooperação entre Portugal e as Nações Unidas é uma cooperação exemplar”.

“Em circunstâncias particularmente difíceis, o contingente português tem sido precioso para que as Nações Unidas possam proteger os civis, com grupos armados muito agressivos, e tem revelado uma capacidade fora do normal e admirada por todos os outros países presentes nesse cenário”, considerou.

Em matéria de política de migrações e refugiados, o secretário-geral da Nações Unidas apontou Portugal como um exemplo, assinalando que “será o primeiro país a aprovar um plano de ação para o compacto das migrações”.

“Num momento em que, infelizmente, nós vemos tantas portas fechadas, vemos tanta falta de humanismo, esse exemplo de Portugal é extremamente reconfortante e muito importante para as Nações Unidas”, acrescentou.

A emergência climática é uma corrida que ainda podemos ganhar

Já na abertura da Cimeira, na sede das Nações Unidas, António Guterres disse que ainda “não é demasiado tarde” para fazer face às alterações climáticas, mas advertiu os líderes mundiais que o tempo se está a esgotar.

“A emergência climática é uma corrida que estamos a perder, mas que ainda podemos ganhar. A crise climática é provocada por nós e as soluções devem vir de nós. Temos as ferramentas: a tecnologia está do nosso lado”, afirmou Guterres, perante dezenas de líderes internacionais.

Vista como forma de conferir um novo fôlego ao Acordo de Paris, alcançado em dezembro de 2015, a cimeira convocada por António Guterres já deu os seus frutos: respondendo ao apelo do secretário-geral das Nações Unidas, 66 países subscreveram o princípio da neutralidade carbónica em 2050, do qual Portugal foi pioneiro.