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António Costa visita militares portugueses na Roménia e destaca missão pela segurança na Europa

António Costa visita militares portugueses na Roménia e destaca missão pela segurança na Europa

O objetivo que justifica a presença de uma missão militar portuguesa na Roménia, referiu hoje o primeiro-ministro na Base militar de Caracal, perante os 222 militares portugueses ali destacados, tem a ver com “a manutenção da paz na Europa”, salientando na sua intervenção o “carácter defensivo da NATO e o seu respeito pelo direito internacional”.

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António Costa, visita à Roménia

O primeiro-ministro deslocou-se na tarde desta quinta-feira à Base Militar de Caracal, nos arredores da cidade de Craiova e a cerca de 200 quilómetros da capital, Bucareste, acompanhado pelo Presidente da República romeno, Klaus Iohannis, e pelo homólogo Nicolae Ciucâ, para agradecer aos militares portugueses a forma como “estão a prestigiar o nome de Portugal e a honrar o compromisso internacional do país no quadro da NATO”, insistindo que a sua ação está a contribuir para a segurança coletiva de todos os países da Aliança Atlântica.

António Costa voltou a lembrar a natureza defensiva da NATO, destacando, nomeadamente, um dos princípios mais importantes da Aliança Atlântica, segundo o qual “um ataque a um Estado-membro é considerado um ataque contra todos”, garantindo que a NATO está no terreno a tornar claro à Rússia que não tenha dúvidas “sobre a determinação da organização em defender cada palmo de terra”, e para lhe recordar que não deixará de pagar “um alto preço” se avançar para a agressão a um qualquer membro da NATO.

O líder do executivo, que estava acompanhado pela ministra da Defesa, Helena Carreiras, ouviu rasgados elogios do Presidente da República e do primeiro-ministro da Roménia pela presença de tropas portuguesas, e agradecimentos pelo “contributo de Portugal para a modernização das Forças Armadas romenas”.

Cooperação na defesa, economia e energia

No âmbito desta deslocação à Roménia, António Costa e Nicolae Ciucâ assinaram também um acordo de cooperação entre os dois países na área da Defesa, aproveitando a ocasião para manifestarem total apoio à entrada da Suécia e da Finlândia na NATO.

Quanto aos entraves que estão a ser colocados pela Turquia a esta adesão, António Costa aconselhou prudência, remetendo o diferendo para a vertente diplomática e lembrando que se trata de uma “opção de dois Estados soberanos”, que irão, como salientou, “seguramente contribuir para o reforço da Aliança Atlântica”.

Para o primeiro-ministro português, a adesão destes dois países do norte da Europa, que há décadas vinham mantendo uma posição de grande neutralidade face às grandes potências, só pode significar “um sinal de uma das dimensões importantes da derrota estratégia que a Rússia está a sofrer”, e uma evidência, como também salientou, de que o estratagema do Kremlin, subjacente à invasão da Ucrânia, de enfraquecer a União Europeia e de dividir a NATO, está a fracassar porque tanto a UE e a NATO “têm demonstrado em todo este processo uma unidade reforçada”.

Os dois chefes de Governo, que falaram em conferência de imprensa conjunta, em Bucareste, concordaram ainda que há “novos domínios de cooperação” a explorar entre os dois países, quer nas “áreas da economia, quer na da energia”.

Abrir acordo de Schengen à Roménia

Na ocasião, o líder do executivo voltou a manifestar o apoio de Portugal à entrada da Roménia no espaço Schengen, uma adesão que, segundo António Costa, iria seguramente “facilitar o intercâmbio entre os dois povos”. Lembrando que este é um espaço que significa “livre circulação” na Europa, o primeiro-ministro mostrou-se convicto de que a entrada da Roménia ajudaria a que houvesse uma “melhor sinergia na execução dos respetivos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR)”, tendo elogiado o papel desempenhado pela comunidade romena em Portugal.

António Costa teve ainda oportunidade de fazer uma breve deslocação ao Parlamento romeno e de manter um encontro com o Presidente da República, Klaus Iohannis, tendo ambos reiterado o compromisso de ajuda à Ucrânia e ao seu povo, realçando a “importância de uma resposta coordenada de todos os parceiros europeus e aliados atlânticos”.

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