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António Costa quer empresas envolvidas no esforço nacional de aumento e valorização dos salários

António Costa quer empresas envolvidas no esforço nacional de aumento e valorização dos salários

O primeiro-ministro apelou às empresas para que, em conjunto com o Estado, contribuam para “o esforço coletivo” de aumentar em 20% o salário médio dos portugueses, aproximando-o da média praticada na União Europeia.

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António Costa, Encontro Nacional de Associações Juvenis

O primeiro-ministro foi a Vila Real de Santo António, no sábado, defender perante uma plateia repleta de jovens que a luta por “maior justiça social” passa também e decididamente pela questão dos salários, apelando às empresas para que revejam as políticas remuneratórias que praticam, lembrando que na União Europeia “o peso dos salários no conjunto da riqueza nacional é de 48%”, enquanto em Portugal, como garantiu, essa percentagem “não ultrapassa os 45%”. Há, portanto, como salientou, uma barreira de 20% nos salários médios que importa ultrapassar.

Algo que terá de ser feito, como sinalizou, “no horizonte desta legislatura” e que não poderá deixar de ser encarado como um desígnio nacional no médio prazo, ao qual o Estado, como também referiu, não só não se poderá eximir, como deverá ser parte ativa em todo o processo.

António Costa falava durante a sessão de abertura do 18º Encontro Nacional de Associações Juvenis, no Fórum Nacional ‘Ativar Mais’, que este fim de semana teve lugar no complexo desportivo da cidade algarvia de Vila Real de Santo António, deixando claro que este desígnio implica “um acordo de médio prazo, no horizonte desta legislatura”, voltando a garantir que o Estado em nenhuma circunstância se deve colocar “de fora desta equação”, podendo e devendo ajudar “com políticas públicas” o rendimento disponível das famílias e em particular dos jovens.

De acordo com o primeiro-ministro, o Estado e as empresas devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que, num tempo recorde, haja um efetivo e sustentável aumento do rendimento dos portugueses, defendendo que esta é uma tarefa coletiva que deverá resultar na oferta de empregos dignos para os jovens, mas sempre acompanhados por “por salários justos”.

Minimizar a importância e o talento que as novas gerações trazem à modernização e à competitividade do tecido empresarial nacional, uma geração “que é de longe a mais qualificada que o país alguma vez teve”, é não querer compreender o quão decisivo é as empresas serem cada vez mais competitivas a nível internacional, aconselhando António Costa a que tenham redobrada atenção “no momento em que contratam jovens”.

Trabalho digno e salários

Para o primeiro-ministro, ultrapassada que está a fase do debate sobre a Agenda do Trabalho Digno, com todos os passos que, entretanto, foram dados, resta agora definir em sede de concertação social um acordo voltado para a “competitividade e para os rendimentos” dos jovens e para a sua participação no mercado de trabalho no século XXI, um debate que António Costa garante que o Governo quer alargar não só ao maior número possível de jovens, mas a jornalistas, ativistas políticos, investigadores e a artistas.

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