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António Costa marca diferenças em relação ao CDS na justiça fiscal e na defesa do SNS e da escola pública

António Costa marca diferenças em relação ao CDS na justiça fiscal e na defesa do SNS e da escola pública

“Nestes vinte anos sempre que a direita falou em choque fiscal a primeira coisa que fez quando chegou ao poder foi aumentar impostos”, lembrou o Secretário-geral do PS, António Costa, perante o líder do CDS, acusando a direita de nunca ter deixado de ter “uma visão injusta” sobre a política fiscal.

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António Costa, debate com Francisco Rodrigues dos Santos

No debate de ontem na SIC com o presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, o líder socialista e também primeiro-ministro voltou a criticar o CDS e a direita por insistirem na defesa de mais um “choque fiscal”, lembrando António Costa que reforma fiscal para a direita significa sempre, sem exceção, aumento de impostos, reafirmando que a visão de “paraíso na terra” que a direita tem não existe.

Neste sentido, António Costa criticou frontalmente a proposta do CDS para que todas as famílias desçam de escalão de IRS a partir do segundo filho, uma proposta que classificou de injusta e desequilibrada, contrapondo com o projeto apresentado pelos socialistas, que aponta para a redução de 900 euros na coleta do IRS para todas as famílias a partir do segundo filho, afirmando que aquilo que o CDS está de novo a defender é “recuperar uma proposta do Governo de Passos Coelho e Paulo Portas de apoiar mais as famílias com mais posses”.

Neste debate de pré-campanha para as eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro houve também divergências em matérias como a saúde e a educação, não sem antes António Costa voltar a deixar a promessa de que a “primeira coisa que a maioria do PS fará é aprovar o Orçamento do Estado que foi chumbado”, voltando a pôr em cima da mesa o “desdobramento do terceiro e do sexto escalões do IRS, majorando os apoios às famílias com filhos”.

Quando à saúde, o líder do PS voltou a defender que o modelo previsto na atual Lei de Bases da Saúde estabelece um “equilíbrio adequado” nas relações com o setor social e privado, sem nunca “desnatar o Serviço Nacional de Saúde”, tornando-o, pelo contrário, ainda “mais forte para o conjunto dos portugueses”, lamentando que o PSD – “e suponho eu que também o CDS” – proponha no seu programa eleitoral a intenção de rever este diploma.

Em relação ao setor da educação, António Costa começou por negar que o Governo do PS tenha rasgado um único contrato de associação com colégios privados “onde não havia oferta pública”, lembrando que a prioridade do Estado não é apoiar os privados, mas investir na escola pública “para que tenha cada vez mais qualidade”, reafirmando que, ao contrário do que a direita insinua, a disciplina de educação para a cidadania não defende em nenhum ponto qualquer ideologia de género, já que se trata de um programa “assente em bases científicas” e não políticas ou ideológicas.

Para o Secretário-geral do PS, a escola tem a função de “formar pessoas”, apontando-lhes os “valores da democracia e da liberdade”, mas também dar-lhes uma “visão plural da família”, saudando o aniversário dos 12 anos da aprovação em Portugal do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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