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António Costa garante que Governo continuará a responder à inflação com determinação e rumo de crescimento

António Costa garante que Governo continuará a responder à inflação com determinação e rumo de crescimento

O primeiro-ministro esteve esta manhã em Ílhavo, no distrito de Aveiro, onde garantiu aos mais de 500 empresários que o escutavam que o Governo “foi até ao limite” do que lhe foi permitido pela Comissão Europeia nas ajudas às empresas que estão a enfrentar “o forte crescimento do custo da energia”.

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Na deslocação que esta manhã fez ao distrito de Aveiro, e depois de ter garantido às muitas centenas de empresários que o ouviram na conferência ‘Millennium Talks’, que o Governo nunca deixará de estar atento às necessidades das empresas, António Costa aproveitou a oportunidade para, uma vez mais, expressar solidariedade a “todas as empresas industriais”, sobretudo, como destacou, às do setor cerâmico [tendo oportunidade de visitar a Margrés, ainda em Ílhavo], que estão a “sofrer um fortíssimo impacto” em resultado do “brutal aumento” do custo da energia provocado pela guerra na Ucrânia.

Ainda quanto ao modelo de ajuda do Estado às empresas, não deixando de reconhecer tratar-se de apoios relativamente aquém do que seria o ideal, António Costa referiu, contudo, que correspondem ao “limite fixado pela Comissão Europeia”, não se tratando, portanto, como insistiu, nem de “uma restrição financeira ou política”, mas de medidas de auxílio do Estado às empresas, superiormente “aprovadas para todos os países europeus”.

Depois de recordar que as medidas de apoio ao emprego, formação, exportação e reforço do financiamento dirigido às empresas, “principalmente aquelas que mais diretamente sofrem com o aumento do custo da energia”, são medidas que foram já apresentadas pelo ministro da Economia, o primeiro-ministro reservou o tempo desta sua deslocação a Ílhavo para explicar e relembrar aos empresários que o limite do financiamento às empresas “passou já de 400 para 500 mil euros”, podendo “ir até aos dois mil milhões de euros nas situações excecionais”, ou mesmo ser alongado aos “cinco mil milhões de euros nas situações excecionalíssimas”, ajudas que António Costa não deixou de classificar como “muitíssimo significativas”.

A par destas ajudas, o primeiro-ministro lembrou ainda o impacto de outras medidas aprovadas pelo Governo, e em vigor, que estão também a contribuir para ajudar as famílias a mitigar a subida dos preços, designadamente do litro do gasóleo e da gasolina, uma medida que segundo António Costa permite que os consumidores portugueses “estejam hoje a pagar menos 14 euros e 16 euros, respetivamente, num depósito de 50 litros”.

O chefe do executivo referiu-se ainda ao chamado “mecanismo ibérico”, uma medida criada, como recordou, para evitar a “contaminação do preço da eletricidade pelo aumento do preço do gás”, e que já permitiu uma “poupança média aos consumidores na ordem dos 16% ao longo dos últimos meses”. Voltando a alertar que o ciclo inflacionista tem tendência a estender-se no tempo, ao contrário das previsões iniciais de todas as organizações internacionais, como salientou, António Costa defendeu que, perante este cenário, impõe-se que o Governo possa continuar a ir “até ao limite das suas capacidades no apoio às empresas e às famílias”, sem contudo pôr em causa, “em nenhuma circunstância”, os objetivos estruturais que o Estado tem de manter, de “crescimento, de valorização de rendimentos e de redução da dívida pública”.

Continuar a convergência com a Europa

Outro dos tópicos abordados pelo primeiro-ministro nesta conferência ‘Millennium Talks’, em Ílhavo, teve a ver com a questão da convergência de Portugal com os restantes países europeus, deixando aqui António Costa a certeza de que a economia nacional não só “vai continuar a convergir com as restantes da União Europeia”, como é hoje aquela que apresenta “o crescimento mais forte”.

O desafio está lançado, disse o primeiro-ministro, garantindo estar consciente de que este é um período “muito difícil” para as empresas e para quem nelas trabalha, deixando, contudo, a certeza de que o caminho tem de continuar a passar pelo reforço da união do Governo com as empresas, sendo esta para António Costa a solução que melhor poderá ajudar a economia do país a enfrentar com êxito este momento conturbado que atravessa.

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