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António Costa espera acordo em julho sobre taxação mínima das multinacionais e do digital

António Costa espera acordo em julho sobre taxação mínima das multinacionais e do digital

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou no sábado a sua expectativa em torno de um acordo político alargado sobre taxação mínima das empresas multinacionais e da área do digital, tendo em vista o reforço dos recursos próprios da União Europeia, considerando que a reunião do G20, em julho, é uma “oportunidade única” para alcançar um entendimento internacional nesse sentido.

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“A reunião de julho do G20 é uma oportunidade muito importante – diria mesmo, única – para podermos ter um acordo político alargado, tendo em vista desbloquear as negociações em curso e podermos avançar para haver uma situação sólida do ponto de vista financeiro também na União Europeia”, declarou o líder do executivo português, em Lisboa, à margem do encontro com o vice-chanceler e ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz.

Numa alusão às futuras fontes de financiamento para suportar o fundo de recuperação e resiliência acordado em julho do ano passado, no âmbito da resposta à crise provocada pela pandemia de Covid-19, António Costa sublinhou que “a Europa tem uma enorme responsabilidade” no sentido de dotar as suas instituições “dos recursos próprios necessários para financiar este esforço de investimento comum”.

“É muito importante haver agora melhores condições a nível internacional para que haja não só um acordo no âmbito da União Europeia, mas também ao nível da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico], relativamente à taxação mínima das empresas multinacionais e sobre a taxação digital”, afirmou, aqui numa alusão à posição da nova administração norte-americana.

Neste ponto, António Costa insistiu que estes instrumentos criarão “uma enorme capacidade de a União Europeia sustentar o esforço de investimento comum que irá ter de fazer para responder às necessidades decorrentes das transições climática e digital”.

“São investimentos essenciais e urgentes para as gerações futuras e para a sobrevivência da humanidade. Não podemos adiá-los. Mas só os conseguiremos fazer numa base internacional alargada, porque cada Estado-membro, por muito grande que seja, não terá força efetiva. Portanto, é preciso forçar cada vez mais a cooperação internacional”, concretizou o primeiro-ministro português.

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