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António Costa defende reforço da OMS e tratado internacional sobre futuras pandemia

António Costa defende reforço da OMS e tratado internacional sobre futuras pandemia

“O mundo precisa de estar mais bem preparado para prevenir futuras crises de saúde”, salientou António Costa, na passada sexta-feira, na Cimeira da Saúde Global do G20.

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António Costa defende uma abordagem multilateral na resposta a questões globais no plano da saúde, para se ter “o mundo mais bem preparado para prevenir futuras crises de saúde”, disse o primeiro-ministro durante a Cimeira da Saúde Global do G20, que decorreu na última sexta-feira, dia 21, em Roma.

Nesse sentido, o líder socialista considera que é necessário implementar várias iniciativas de âmbito internacional, desde logo, “fortalecer e reformar a Organização Mundial de Saúde (OMS)” e estabelecer um acordo internacional para enfrentar futuras pandemias a nível global.

“Devemos apoiar, fortalecer e reformar a OMS, e promover a implementação integral do Regulamento Sanitário Internacional. Portugal também está disposto a participar na negociação de um Tratado Internacional sobre Pandemias no âmbito da OMS, tendo como base o Regulamento Sanitário Internacional”, declarou o António Costa no seu discurso proferido em inglês, por videoconferência.

O Secretário-geral socialista, através de videoconferência, salientou algumas das ilações que podem ser retiradas da pandemia de Covid-19, designadamente sobre as vantagens de “combater a pandemia em conjunto” e sobre a importância dos serviços nacionais de saúde e dos seus profissionais.

“Aprendemos que é melhor combater a pandemia em conjunto do que isoladamente; que o nacionalismo nas vacinas, as barreiras comerciais e os obstáculos na cadeia de fornecimento só nos deixarão em pior situação. E aprendemos que nossos serviços nacionais de saúde e os seus trabalhadores são a primeira e melhor linha de defesa contra as crises atuais e futuras”, salientou António Costa.

Imunização é um “bem público global”

“Devemos agora concentrar-nos em promover o acesso generalizado às vacinas, aumentando as capacidades de produção, prevenindo obstáculos na cadeia de fornecimento e removendo as restrições à exportação. Temos de acelerar a produção e a distribuição de vacinas para todos, encarando a imunização como um bem público global”, disse o chefe do executivo português.

António Costa lembrou que a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), que começou em janeiro e que terminará no final de junho, “coincidiu com algumas das piores fases da pandemia, mas também com o desenvolvimento da vacinação e o início da recuperação da crise” sanitária, económica e social.

Em termos de cooperação mundial, a União Europeia “está a fazer a sua parte, liderando no apoio à pesquisa e desenvolvimento de vacinas e na produção e distribuição de vacinas”, sublinhou o primeiro-ministro, acrescentando que “a União Europeia e seus Estados-Membros estão entre os principais contribuintes para o mecanismo Covax”.

Recuperando parte das declarações que proferiu na Cimeira sobre o Financiamento das Economias Africanas, realizada na passada terça-feira, em Paris, o líder do PS referiu-se ao consenso estabelecido para mitigar as consequências económicas e sociais provocadas pela pandemia da Covid-19 em África.

“Foi consolidado um consenso sobre a necessidade de uma nova emissão de direitos especiais de saque de 650 bilhões de dólares, dos quais 33 bilhões irão para países africanos. Somente com financiamento adequado os países mais vulneráveis poderão combater a pandemia e promover a recuperação. Também concordámos que o acesso universal às vacinas deveria ser alcançado, inclusive por via da produção em África”, concluiu António Costa.

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