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Alta velocidade é “mais um passo na revolução” da ferrovia

Alta velocidade é “mais um passo na revolução” da ferrovia

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, defendeu esta terça-feira, no Porto, que depois de “décadas de desinvestimento”, o protejo da alta velocidade Lisboa-Porto-Vigo é “mais um passo na revolução” em curso na ferrovia.

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“Depois de décadas de desinvestimento na ferrovia, de encerramento de linhas e de prioridade na rodovia e transporte individual, estamos a levar a cabo uma revolução”, afirmou Pedro Nuno Santos, durante a cerimónia de apresentação da iniciativa, que decorreu no terminal de Campanhã e que foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.

Destacando que a aposta na ferrovia reúne consenso na sociedade, em particular, na necessidade de maior investimento, o que, como assinalou, “raramente acontece em Portugal”, o ministro salientou que o país “não pode desperdiçar esta oportunidade”.

Quanto ao projeto de alta velocidade, o titular da pasta das Infraestruturas acredita que mudará a “face” do país de forma “permanente” e que Portugal “precisa dessa transformação”.

“Temos de abandonar esse instinto tão nosso de achar que os objetivos são sempre demasiado ambiciosos para o nosso povo”, reforçou Pedro Nuno Santos, dizendo que ter o país “ligado” com comboios rápidos, confortáveis e pontuais é um projeto que está ao “alcance”.

“Com esta nova linha, colocamos as nossas duas Áreas Metropolitanas a pouco mais de 1h15 de distância; colocamos Aveiro, Coimbra, Leiria e todo o eixo entre Braga e Setúbal, onde vivem cerca de 8 milhões de pessoas, a pouco mais de 2 horas de viagem entre si”, concluiu.

Porto-Lisboa em 1h15

A nova linha de alta velocidade irá ligar as duas principais cidades do país, Lisboa e Porto, em apenas uma hora e 15 minutos no serviço direto e sem paragens, e será construída em três fases, integrada com a rede ferroviária nacional.

Numa primeira fase, será realizada a construção do troço entre Porto e Soure, com previsão para estar concluída até 2028. O segundo troço, entre Soure e Carregado, tem previsão para 2030, sendo a terceira e última fase o troço entre Carregado e Lisboa, o que permitirá, concluído o projeto, atingir a duração final de uma hora e 15 minutos em toda a ligação.

“A nova linha entre o Porto e Lisboa não vai resolver, por si só, todos os problemas de acessibilidade ferroviária no país, mas é o primeiro passo, um passo indispensável a todos os outros que se seguirão”, salientou o ministro.

Pedro Nuno Santos destacou, de seguida, a importância da ligação em alta velocidade do Porto ao Minho e à Galiza, que também começará no terminal de Campanhã, passando no Aeroporto Sá Carneiro, em Braga e em Valença, rumo a Vigo.

Prioridades para a próxima década

O ministro das Infraestruturas enumerou também outras duas prioridades na estratégia do Governo para a próxima década, que passam pela conclusão da modernização e eletrificação de toda a rede ferroviária nacional, e pela resolução dos estrangulamentos no acesso às Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto e que limitam o aumento de oferta de serviços urbanos e de mercadorias.

“Desta forma, asseguramos um desenvolvimento equilibrado da nossa rede ferroviária e que ela cumpre o seu papel de acessibilidade e coesão territorial”, apontou

“A ferrovia é uma aposta com resultados concretos, com estratégia e com ambição. É um instrumento para o desenvolvimento do país. E é um fator de melhoria da qualidade de vida de todos nós”, concluiu Pedro Nuno Santos.

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