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“Vamos comemorar os 50 anos de Abril com um primeiro-ministro que vai descer com orgulho a Avenida da Liberdade”

“Vamos comemorar os 50 anos de Abril com um primeiro-ministro que vai descer com orgulho a Avenida da Liberdade”

“O PS sempre foi o partido que melhor soube transformar e modernizar a economia portuguesa”. Uma certeza que Pedro Nuno Santos deixou ontem, acusando o programa económico da AD de querer “desbaratar” a estabilidade orçamental e financeira deixada pelos governos socialistas em benefício de alguns e com o prejuízo da “esmagadora maioria dos portugueses”.

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O Secretário-Geral do PS falava no comício de Lisboa, um dos maiores desta campanha, que encheu a Aula Magna, e onde estiveram presentes, entre muitos destacados socialistas, António Costa e o presidente honorário do partido, Manuel Alegre.

De acordo com Pedro Nuno Santos, uma das primeiras medidas que um Governo da AD faria, “sem hesitação”, perante uma “conjuntura de aperto”, seria “cortar na despesa social”, uma receita que, lembrou, “está há muito enraizada na direita”. Na hora do aperto, insistiu, “fica o alívio fiscal para alguns e sai a despesa social com os pensionistas e com os trabalhadores”.

Para o candidato a primeiro-ministro pelo PS, o cenário macroeconómico apresentado pelos socialistas, para além de indicar prudência, baseia-se igualmente em previsões “que estão em linha com todas as instituições internacionais”, ao contrário do cenário macroeconómico apresentado aos portugueses pela AD, que não passa, como garantiu, de um documento sem “nenhuma credibilidade”, garantindo que o programa de Governo apresentado pela AD, “apesar de camuflado” com preocupações sociais, é o decalque exato do que praticaram até 2015.

Um dos grandes desafios que Portugal tem de enfrentar num curtíssimo tempo, defendeu o líder do PS, é o de ter de gerir o “elevado nível de qualificações dos mais jovens”, uma situação que, lembrou, era inédita ainda há meia dúzia de anos, e a necessária especialização da economia, lembrando Pedro Nuno Santos ser esta uma tarefa determinante e necessária, para ajudar a fixar em Portugal e na economia um número cada vez maior de jovens.

“Fomos capazes, em conjunto com a sociedade”, disse o líder do PS, de, em poucos anos, transformar a qualificação da juventude, colocando Portugal “a par dos países mais desenvolvidos da Europa”, o que para qualquer socialista, como referiu, “não pode deixar de ser um grande motivo de orgulho”, insistindo na ideia de que a economia portuguesa, nos últimos oito anos com os governos do PS, “cresceu mais do que nos primeiros 15 anos do século”, sem que tivesse havido necessidade de criar “dualismos inúteis entre os setores público e privado”.

Lembrou depois que a direita sempre considerou ser uma tarefa impossível conseguir equilibrar as contas públicas, baixando a dívida e o défice e ao mesmo tempo ter um excedente orçamental, criando emprego e mais apoios sociais, aumentando salários e o investimento público, voltando a associar Luís Montenegro ao período da troica em que desempenhava as funções de líder parlamentar do PSD, referindo que na altura não o viu nem o ouviu ter um qualquer rasgo de crítica às medidas que o então Governo da AD implementou. Pelo contrário, sempre mostrou “grande convicção no apoio a essas medidas”.

Em relação ao presente, o Secretário-Geral socialista lamentou que a AD mantenha o princípio – “para eles milagroso” – que tudo se resolverá com a descida generalizada do IRC, advertindo para as consequências que esta decisão pode trazer, sobretudo no impacto que terá no sistema e no equilíbrio das contas da Segurança Social.

Talvez para a direita, questionou Pedro Nuno Santos, o equilíbrio das contas da Segurança Social seja coisa de pouca monta, lembrando que o PS não precisa de andar a gritar em cada esquina, como a AD, que se quer reconciliar com os pensionistas, uma vez que existe “uma relação de grande confiança entre nós, socialistas, e os pensionistas”.

Para Pedro Nuno Santos, que dedicou também parte importante do seu discurso à valorização da Cultura, o que vai estar em jogo nestas eleições é o futuro que queremos construir para o nosso país, com “uma economia vibrante e sofisticada”, garantindo “um Estado social” e fazendo com que Portugal continue a avançar com “ambição”.

“Porque no dia 10 de março nós vamos estar, desde logo e em primeiro lugar, a defender e a proteger um legado que nos orgulha de 50 anos de Serviço Nacional de Saúde, de escola pública, de sistema de segurança social, que nos garante liberdade igual para todos. É este o futuro que queremos continuar a construir”, afirmou.

No final da sua intervenção, Pedro Nuno Santos apelou a “uma tarefa que é de todos”. “Temos visto a esperança e a força na rua”, disse, apelando a uma grande mobilização até ao próximo domingo, com a afirmação de um compromisso: “Vamos comemorar os 50 anos de Abril com um primeiro-ministro que vai descer com orgulho a Avenida da Liberdade”.

“Para isso, temos de trabalhar e apelar ao voto no PS. Para isso, é preciso que o PS ganhe as eleições”, concluiu o líder socialista.

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