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Tiago Barbosa Ribeiro quer Porto “pujante” e onde a “classe média vai poder voltar a viver”

Tiago Barbosa Ribeiro quer Porto “pujante” e onde a “classe média vai poder voltar a viver”

O candidato do PS à presidência da Câmara Municipal da invicta, Tiago Barbosa Ribeiro lamentou que o município do Porto esteja a passar por uma “perda acelerada” de habitantes, de riqueza e de vitalidade, apontando serem estas as razões que estão na base da decisão de avançar com a sua candidatura, prometendo uma cidade onde a “classe média vai poder voltar a viver”.

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Tiago Barbosa Ribeiro, Porto
Alberto Martins, Porto
Manuel Pizarro, Porto
Augusto Santos Silva, Porto

Na apresentação da sua candidatura, no final da tarde de ontem, na Alfândega do Porto, o socialista Tiago Barbosa Ribeiro, depois de constatar e de lamentar que o município tenha perdido cerca de 20 mil habitantes nos “últimos oito anos”, com a consequente “perda de riqueza, de vitalidade e de força”, comparou a cidade do Porto de hoje a um ‘donut’, porque está mais “vazia por dentro e produz menos riqueza”, mas também porque “está mais pobre e mais envelhecida”, prometendo recuperar a “pujança e a ambição” perdida de uma cidade que “sempre teve uma voz muito para além do seu próprio espaço geográfico”.

De ciência certa, segundo o candidato do PS, é que “nenhum portuense pode continuar a aceitar uma realidade que fere a nossa identidade” e que mostra uma cidade onde, por exemplo, os preços da habitação chegaram ao limiar da “loucura” com os atuais responsáveis autárquicos de “braços cruzados sem nada fazerem para resolver o problema”, porque quem lidera o município, como acrescentou, “acredita piamente apenas no mercado e não nas políticas públicas e naquilo que é preciso fazer para corrigir o que está mal”.

Propostas socialistas para a cidade

De acordo com Tiago Barbosa Ribeiro, uma das prioridades do PS ao assumir responsabilidades na autarquia do Porto passará pela aprovação de um plano que seja capaz de captar os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de novas habitações, “ao abrigo do 1ºDireito”, mas também reconverter e urbanizar todos os terrenos e edifícios do Estado Central que se encontram neste momento desocupados, designadamente aqueles que pertencem à “Defesa Nacional e à Segurança Social”, restituindo-os depois de devidamente readaptados para a habitação de alojamentos locais e de arrendamento residencial de longa duração.

Prometida fica ainda uma “intervenção eficaz” nos “estrangulamentos da VCI e da Circunvalação”, mas também um novo olhar mais atento para as “zonas da cidade que são territórios sem lei”, para além de um significativo reforço por arte do município ao nível do investimento que, em média, terá de ser nos próximos sete anos “o dobro do verificado desde a adesão à União Europeia”. É também um compromisso a criação de uma agência de investimento, que permita “captar riqueza, empresas e postos de trabalho qualificados para a cidade”, sendo esta, na perspetiva de Tiago Barbosa Ribeiro, a forma mais equilibrada e criteriosa de “ultrapassar o inferno burocrático com que qualquer investidor se depara quando tenta dialogar com a autarquia”.

O candidato do PS deixou ainda a promessa de “mais espaços verdes, mais parques infantis e mais circuitos de manutenção para os mais idosos”, comprometendo-se ainda a lançar um programa municipal de reforço da rede de creches e do pré-escolar, iniciativas que terão de envolver, como assinalou, a participação do Estado Central e das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), lembrando que estes são equipamentos absolutamente essenciais para uma cidade que está hoje “socialmente dividida e completamente estratificada”.

Ao lado de Tiago Barbosa Ribeiro estiveram, entre outros, a deputada Rosário Gamboa, anunciada como número dois na lista à Câmara Municipal, Alberto Martins, cabeça de lista à Assembleia Municipal, Manuel Pizarro, presidente da Federação do PS do Porto, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que defendeu ser este o tempo de “trabalhar para as pessoas e para a cidade e menos para as televisões, para as agendas mediáticas e para o protagonismo pessoal”.

Secundando as palavras do candidato, que acusou a atual maioria municipal de ser “perigosamente populista”, o dirigente e governante socialista sublinhou que “esta modorra” e “sonolência”, em que a autarquia portuense caiu, “tem de ser sacudida” e “Tiago Barbosa Ribeiro tem essa missão”.

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