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Só o voto no PS pode derrotar a direita e garantir o progresso do país

Só o voto no PS pode derrotar a direita e garantir o progresso do país

“Só o PS está em condições de derrotar a AD” e de conduzir o diálogo à esquerda, defendeu em Coimbra o Secretário-Geral socialista e candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos, apelando ao voto útil no PS para “continuarmos a mudar Portugal”.

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Comício em Coimbra

O Pavilhão dos Olivais, em Coimbra, foi pequeno para receber todos quantos ontem quiseram marcar presença no grande comício do PS para ouvir Pedro Nuno Santos apelar ao voto no PS e a lembrar aos indecisos que o voto nos socialistas servirá, também, para derrotar a AD, “porque é isso que está em causa”.

Lembrou o seu percurso de diálogo e de capacidade de entendimento com os partidos à esquerda do PS, “com quem já trabalhámos no passado”, apelando a que ninguém se engane, porque, garantiu, “só há uma forma de nós continuarmos a mudar Portugal e de avançar para derrotar a direita, que é votar no PS”.

Pedro Nuno Santos voltou depois a defender o legado deixado pelos oito anos de governação do PS, com contas certas e equilíbrio orçamental, algo “que há muito tempo os portugueses não viam”, com o aumento dos salários e das pensões e o “maior crescimento económico e de emprego”.

Ter havido a necessidade de acertar as contas públicas e de pôr a economia no trilho certo, “um esforço que foi necessário e inevitável”, defendeu o líder socialista, pode eventualmente ter sido a principal causa por que Portugal não conseguiu avançar tão rápido em algumas áreas, “como todos desejaríamos”. Mas era imprescindível, como defendeu, ultrapassar o caos económico e social deixado pela coligação PSD/CDS/PPM, em finais de 2015, garantindo aos portugueses que era possível construir um futuro com mais qualidade de vida e uma economia mais sólida.

No próximo domingo, 10 de março, continuou o líder socialista, a escolha é entre “quem quer aumentar salários e pensões e ter mais ambição na economia, e quem, pelo contrário, prefere passar cheques fiscais a quem não precisa”, voltando a associar a coligação liderada por Luís Montenegro ao projeto passado da AD.

Elevar a educação

Pedro Nuno Santos voltou a apelar aos professores aposentados, “enquanto não tivermos todos os docentes de que precisamos”, e à semelhança do que tinha já feito com os médicos, para que respondam às “necessidades atuais da escola pública”, garantindo que o futuro governo socialista não deixará de “incentivar e de apoiar os professores aposentados a regressaram às aulas”.

Com o Pavilhão dos Olivais, em Coimbra, completamente esgotado, com centenas de militantes e de simpatizantes a assistirem de pé aos discursos, Pedro Nuno Santos voltou a elevar a educação ao patamar de “uma paixão renovada”, considerando que é na educação que se “joga a igualdade entre homens e mulheres, e entre os portugueses”, voltando a lembrar a promessa de que o futuro Governo socialista não deixará de valorizar e de respeitar a carreira docente, salientando ser estruturante que os professores, tal como para as restantes profissões, como assinalou, “se sintam motivados e respeitados em Portugal” e voltando a defender a reposição integral do tempo de serviço dos professores em quatro anos.

Se o Estado exige, “e bem”, que as empresas privadas cumpram o contrato que têm para com os seus trabalhadores, nada diferente deve ser exigido ao Estado, “para que seja o primeiro a dar o exemplo de que cumpre com as suas obrigações e com o que acorda com os seus trabalhadores”, mostrando Pedro Nuno Santos disponibilidade para ajudar a promover as necessárias condições para tornar a carreira docente aliciante para os jovens, dando-lhes a perspetiva de uma profissão de futuro.

Para isso, como salientou, é preciso que avance a proposta do PS de aumento dos índices remuneratórios dos professores nos primeiros escalões de entrada, insistindo, contudo, que o foco em matéria de ensino “continuam a ser os alunos”, defendendo “planos personalizados de recuperação das aprendizagens” para todos os que foram especialmente atingidos no seu percurso escolar durante a pandemia.

Pedro Nuno Santos destacou ainda a proposta do PS da gratuitidade das creches para todas as crianças, uma universalidade que os socialistas querem também estender ao ensino pré-escolar, mas também assegurar aos jovens a “redução progressiva das propinas” no Ensino Superior “até à sua total extinção”.

Apoio a setores estratégicos

O líder socialista voltou depois a focar a sua atenção na ideia de competir ao Estado apoiar setores estratégicos “capazes de arrastar o resto da economia”, destacando, entre outras, áreas tão importantes como a “nanotecnologia, os equipamentos industriais e os complexos de saúde”. Pedro Nuno Santos não quis terminar a sua intervenção sem deixar um rasgado elogio à atual ministra da Coesão Territorial e cabeça de lista do PS por Coimbra, Ana Abrunhosa, considerando ter sido das pessoas “com quem mais gostei de trabalhar”, porque é uma mulher, como disse, “que trabalha, realiza, concretiza e não desiste”.

Ana Abrunhosa

Canto de sereia da direita

Antes, tinha usado da palavra a cabeça de lista do PS por Coimbra, Ana Abrunhosa, que advertiu os eleitores para o perigo dos “cantos da sereia” da direita e dos populistas da extrema-direita, defendendo as propostas do PS do fim das portagens nas ex-SCUT e das propinas no Ensino Superior.

Na ocasião, Ana Abrunhosa acusou a direita liderada pela AD de não ter pudor em anunciar medidas que mais não são, como referiu, do que “retrocessos nos direitos das mulheres”, e de ter passado mensagens que associam a “imigração à insegurança”, para lá de a direita continuar a cavalgar, como salientou, a onda da “negação climática e de terem orgulho nos cortes feitos no tempo da troica”.

Sublinhando que “nada se conquista de um dia para o outro sem esforço e sem coragem”, Ana Abrunhosa desaconselhou os eleitores a não se deixarem enredar pelo “canto da sereia” da direita, que “anuncia facilidades e tudo para todos”, insistindo que o PS se mantém firme na defesa do Estado social e da Segurança Social pública, “capaz de pagar subsídios de desemprego e pensões”, lembrando que os subsídios de desemprego, ao contrário do que a direita deixa antever e a extrema-direita afirma de forma clara, “não são uma esmola do Estado, porque quem os recebe já fez descontos”.

Defendeu depois que “só com o investimento na inovação” o país conseguirá ter uma economia competitiva, elogiando o trabalho do Governo em funções por ter dado início ao processo decisivo de “levar a banda larga a todas as regiões e zonas do país”, aconselhando, entre outros, ao progressivo desenvolvimento do cluster da biotecnologia.

Também o presidente da Federação de Coimbra do PS, João Portugal, tinha já subido ao palco do Pavilhão dos Olivais para evocar os fundadores do partido, António Arnaut, Fernando Valle e António Campos, elogiando a cabeça de lista por Coimbra, Ana Abrunhosa e fazendo referência a uma série de obras concluías pelo Governo do PS no distrito, destacando, entre outras, as áreas da “saúde, das infraestruturas, dos transportes e da Justiça”.

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