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Simplex 2022 avança com agilização do licenciamento de energias renováveis

Simplex 2022 avança com agilização do licenciamento de energias renováveis

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta sexta-feira que o programa Simplex para 2022, a ser aprovado na próxima semana pelo Governo, vai avançar com medidas para a “agilização do licenciamento ambiental” destinado a projetos de energias renováveis.

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“Quando, para a semana, aprovarmos o Simplex para 2022, as medidas emblemáticas do Simplex vão mesmo ter a ver com a agilização do licenciamento ambiental”, disse o líder do executivo socialista, durante a cerimónia de inauguração da Central Solar Flutuante de Alqueva, entre os concelhos de Portel (Évora) e Moura (Beja).

De acordo com António Costa, estas medidas servem para o país aumentar a sua capacidade de autonomia na produção de energia. E este passo “é decisivo, do ponto de vista macroeconómico para o país”, porque o custo de importação de energia tem “um peso enorme” na balança externa nacional.

O primeiro-ministro enfatizou, uma vez mais, a importância da autonomia energética, observando que “a trágica conjuntura” dos efeitos da guerra na Ucrânia tornou “mais clara” a vantagem da aposta estratégica nas energias renováveis feita por Portugal.

“Tivessem os outros países da União Europeia feito a aposta que nós fizemos e, seguramente, não continuariam a financiar o senhor Putin, continuando a adquirir gás da Rússia para satisfazer as suas próprias necessidades”, afirmou.

Portugal fez “no tempo certo a aposta certa”

Assinalando que “a maior fragilidade da Europa” perante a ameaça russa “é a falta de autonomia energética”, o chefe do Governo insistiu que se os outros países tivessem seguido Portugal, “a resposta da União Europeia perante a invasão da Ucrânia pela Rússia teria sido muito diferente”.

“Hoje, já é mais claro para todos que Portugal fez no tempo certo a aposta certa”, vincou, sublinhando que o próximo passo do país “não é andar para trás”, mas, pelo contrário, “andar mais depressa e acelerar este processo de transição energética”, e pensar “como podemos avançar mais no eólico e no solar e rentabilizar o hídrico”.

Na sua intervenção, António Costa lembrou ainda que uma das vantagens do país foi ter começado, desde cedo a trabalhar “na transformação do paradigma energético”, mesmo tendo sido necessário vencer a resistência dos “velhos do Restelo” que eram “contra as energias renováveis”.

“Portugal só venceu quando ultrapassou os ‘velhos do Restelo’. Foi assim quando se fez ao mar, foi assim quando, depois de décadas de paralisação, fez mesmo o Alqueva e foi assim quando apostou decisivamente nas energias renováveis”, acentuou.

O líder do Governo sublinhou também que o facto de o país ter “investido atempadamente” nas renováveis é hoje vantajoso para os portugueses, pois o custo da eletricidade, ao contrário de outras energias, “está a baixar em Portugal”. O que acontece, observou, graças ao “bom sistema regulatório” e, sobretudo, ao “‘mix’ energético” que permite que cerca de “60% da eletricidade” consumida “tenha origem nas renováveis”.

“Quem está no mercado regulado da eletricidade já teve uma redução de 3,7% do preço que paga de eletricidade mensalmente”, concretizou.

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