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Serviços dos Ecossistemas na Serra do Açor e no Tejo Internacional recebem 3,4 milhões de euros do Fundo Ambiental

Serviços dos Ecossistemas na Serra do Açor e no Tejo Internacional recebem 3,4 milhões de euros do Fundo Ambiental

No dia em que se assinala o Dia Mundial da Floresta, o Fundo Ambiental concluiu a assinatura dos contratos com os 14 beneficiários da “1.ª Fase do Programa de Remuneração dos Serviços dos Ecossistemas em Espaços Rurais — Paisagem Protegida da Serra do Açor e Parque Natural do Tejo Internacional”.

Reconhecendo oscontributos da floresta no bem-estar da sociedade, o Fundo Ambiental compromete-se,durante 20 anos, a remunerar os proprietários florestais, nas áreas da Serra doAçor e do Parque Natural do Tejo Internacional, num valor global de 3,4 milhõesde euros.

Os Serviços dosEcossistemas em Espaços Rurais fornecem serviços que proporcionam bem-estar àspopulações, mas nem sempre não são considerados.  O presente Aviso vem agora valorizar aprojetos que visam o combate à erosão, a retenção do carbono, a regulação dociclo hidrológico ou questões ligadas à conservação da natureza e dabiodiversidade e redução da suscetibilidade ao fogo.

O Aviso, destinadoa entidades de gestão florestal, a organizações de produtores florestais, a entidadesgestoras de baldios e a pessoas singulares ou coletivas, pretende transformarum modelo de rentabilidade de curto prazo em longo prazo, promovendo avalorização dos territórios e a sua resiliência, aumentando a competitividadedessas zonas rurais assegurando um modelo de remuneração aos proprietários pelosserviços prestados pelos ecossistemas.

O Fundo Ambiental recebeu15 candidaturas, num montante de cerca de 4,7 milhões de euros, tendo aprovado14, no valor de 3,4 milhões euros.

Os proprietários,agora beneficiários do Fundo, terão de assegurar o planeamento, a execução, agestão e a avaliação da intervenção por um prazo de 20 anos consecutivos, demodo a garantir os objetivos ambientais e a criar a estabilidade necessáriapara alavancar uma nova dinâmica socioeconómica e ambiental nos espaços rurais.

Os projetos agoraaprovados vão contribuir para a criação de territórios mais resistentes ao fogoe fomentar o seu rendimento. Exemplo disso é retirada dos eucaliptos e aplantação de espécies que sejam mais resilientes ao fogo, como os povoamentos mistos que incluamcarvalho-alvarinho e castanheiro. O tratamento delinhas de água são outro dos exemplos que serão apoiados.

Esta política deremuneração dos serviços dos ecossistemas em espaços rurais surge como respostaao diagnóstico de uma economia de baixa rentabilidade e pouco resiliente, faceà agudização de problemas ambientais, socias e económicos nos espaços rurais portugueses,especialmente nos florestais e agroflorestais, inviabilizando uma gestãoadequada por parte dos seus proprietários, em muitos casos, por não disporem derendimento suficiente.