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Seguro acusa primeiro-ministro de conduzir o país ao empobrecimento

Seguro acusa primeiro-ministro de conduzir o país ao empobrecimento

António José Seguro confrontou hoje o primeiro-ministro com as previsões da Primavera da Comissão Europeia, que indiciam que Portugal não cumprirá as metas do défice de 2012.

Durante o debate quinzenal na Assembleia da República, o secretário-geral do PS referiu que os dados indicam que a taxa de desemprego em Portugal será de 15,5%, quando o Governo estimou os números para 13,4% no âmbito do Orçamento de Estado para 2012.

“Portugal não estará em condições de cumprir o défice contratado”, previu Seguro. Acrescentou, dirigindo-se ao primeiro-ministro, que “os dados que vão chegando desmentem as suas previsões. A sua receita de austeridade excessiva está inevitavelmente a conduzir ao empobrecimento”.

O líder socialista voltou a acusar o Governo de “deslealdade institucional” por ter enviado o Documento de Estratégia Orçamental para Bruxelas sem conhecimento do Parlamento, o que constitui “um desrespeito pelo país” e “um enfraquecimento do consenso político” interno.

Seguro defendeu, novamente, que é necessário mais um ano para o processo de consolidação orçamental, com o objetivo de suavizar o ritmo de concretização das medidas de austeridade: “Há formas de aliviar os sacrifícios às pessoas e às empresas”.

“O senhor primeiro-ministro teve oportunidade para estar durante várias horas com o chefe do Governo de Espanha e podia ter-lhe perguntado o motivo que o levou a pedir mais tempo para proceder à consolidação das contas públicas e por que razão ele, para este ano, já acordou um défice completamente diferente daquele que estava acordado”, sugeriu.

António José Seguro acusou, também, o Governo de, em matéria de desemprego, só apresentar “previsões, quando tinha a obrigação de apresentar medidas ativas”. “A adenda ao Tratado Orçamental da União Europeia apresentada pelo PS, que a maioria [PSD/CDS] rejeitou, tem propostas muito concretas que ajudam a aliviar os sacrifícios que estão a ser exigidos de forma excessiva aos portugueses”, contrapôs.