Relatório da OCDE reconhece melhorias, SNS melhorou desempenho na vertente de prevenção

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a apresentar resultados melhores do que a média dos outros países da OCDE no que respeita à redução da mortalidade por causas evitáveis. Esta é uma das conclusões de um Relatório da Comissão Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). 

O relatório sobre “O Estado da Saúde na União Europeia (UE) 2019” apresenta um retrato de eficácia do SNS em matéria de prevenção, garantindo que em Portugal são obtidos resultados melhores com medidas de saúde pública e de prevenção no cancro do pulmão, acidentes, doenças cardíacas isquémicas, consumo de álcool, AVC e outras. O mesmo resultado aplica-se ao tratamento de tumores colorretais e da mama ou pneumonias.

Traduzido em números, o Relatório revela que em 2016 foram registadas em Portugal 140 mortes evitáveis por 100 mil habitantes, que comparam com uma média de 161 na União Europeia. Por outro lado, também em 2016, em Portugal foram registadas 89 mortes por patologias tratáveis por 100 mil habitantes, enquanto que a média da União Europeia se situa nas 93 mortes. Esta diferença leva os autores do relatório a afirmar que “resultado reflete os esforços do Governo no sentido de melhorar os serviços de prevenção”, apesar de a despesa com os cuidados de prevenção se situar abaixo da média dos gastos de muitos outros países europeus com os cuidados preventivos.

Portugal progrediu no diagnóstico e tratamento do cancro e regista taxas de sobrevivência acima da média da UE é outra das conclusões deste relatório, que revela também que a esperança de vida em Portugal é superior à média da EU. No entanto, segundo os dados apresentados, a disparidade de género é substancial: as mulheres portuguesas vivem, em média, mais 6,2 anos do que os homens. Em termos globais, a esperança média de vida em Portugal situa-se nos 81,6 anos, na União Europeia, a média é de 80,9 anos.