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Reafirmar o PS como o maior partido autárquico para servir Portugal e os portugueses

Reafirmar o PS como o maior partido autárquico para servir Portugal e os portugueses

“É bom voltarmos a estar juntos”, foram as primeiras palavras que o Secretário-Geral do PS, António Costa, dirigiu os congressistas presentes no Portimão Arena, no Algarve, onde este fim-de-semana está a decorrer o 23º Congresso Nacional do PS.

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23º Congresso, António Costa

Após saudar os congressistas e os dirigentes nacionais e regionais, António Costa dirigiu uma palavra de agradecimento aos militantes pela participação nas eleições internas diretas, realizadas no passado mês de junho, que resultaram na sua reeleição como Secretário-geral do PS, com 94% da votação.

“Agradeço com emoção muito particular, porque era difícil de imaginar um momento tão honroso para liderar um partido como o PS num momento ao mesmo tempo tão exigente, mas tão empolgante da vida nacional”, disse.

António Costa apelou depois à mobilização do país, com vista a pôr termo à pandemia, transformar o país e garantir um futuro promissor. “Todos temos de nos mobilizar para acabar de vez com esta pandemia, para combater a crise e, sobretudo, para não desperdiçar a oportunidade histórica que temos de transformar a nossa sociedade, a nossa economia e o nosso país para termos um futuro para todos melhor em Portugal”, afirmou o líder socialista.

“Temos vivido ao longo deste ano e meio momentos terríveis com esta pandemia. E o nosso primeiro pensamento tem de ser, naturalmente, para as quase 18 mil vidas que se perderam” devido à Covid-19, bem como para os “mais de um milhão de portuguesas e portugueses que foram infetados”,  lamentou o Secretário-geral socialista, destacando o trabalho, esforço e competência dos profissionais de saúde, a quem dedicou “uma saudação muito calorosa”, provocando uma forte e prolongada saudação dos congressistas.

O Secretário-geral do PS agradeceu também às forças armadas que “demonstraram uma disponibilidade total e a enorme mais-valia que representam para o nosso país” e que “são uma honra para Portugal”. Tal como o setor social que “foi incansável” neste combate, disse o chefe do Governo, manifestando, ainda, um sentido agradecimento “aos autarcas de todos os partidos, de todos os municípios e freguesias”.

“Mas o principal reconhecimento é devido aos portugueses em geral”, pelo esforço e sentido de responsabilidade que têm demonstrado “para a segurança do seu semelhante”, salientou António Costa, destacando o papel que os trabalhadores dos serviços essenciais realizaram para “que nada nos faltasse”, sublinhou.

O Secretário-geral considerou que “o processo de vacinação abre agora a esperança de manter a pandemia sob controlo”, acrescentando que “as medidas de política económica e social adotadas permitiram estabilizar a economia e o emprego, perspetivando-se um forte crescimento com convergência com a União Europeia e com os países mais desenvolvidos”.

O líder socialista acredita que será possível chegar “ao final deste domingo com 70% dos jovens dos 12 aos 17 anos com a primeira dose da vacina”, o que constitui “um extraordinário exemplo e grande lição para todos nós”.

Lições da pandemia

Para António Costa, há várias grandes lições a retirar da pandemia, desde logo, que é imprescindível um Estado social forte e que a resposta às crises faz-se com solidariedade e não com austeridade, saudando a retoma da trajetória de convergência com a Europa.

O Secretário-geral do PS enalteceu também ter ficado claro que a coesão europeia se tenha revelado essencial para combater as crises globais, lamentando que a direita europeia tenha aprendido com os erros do passado, ao passo que a direita em Portugal continua a ser contra o aumento do salário mínimo nacional, contra o investimento na valorização dos rendimentos e na proteção de setores essenciais.

António Costa destacou, finalmente, os resultados da presidência portuguesa da União durante o primeiro semestre do corrente ano: “Dissemos que era tempo de agir, e cumprimos, agindo e fazendo aprovar o plano de recuperação à escala europeia”.

O líder do PS referiu ainda o compromisso do Governo socialista para com a agenda do trabalho digno, o direito à habitação, a conclusão da rede de cuidados continuados integrados, o investimento no transporte público e nas competências digitais.

Cumprir outros desafios

Mas, conforme referiu o líder socialista, a ação do Governo não se esgotou no combate à pandemia e às suas consequências, citando a aprovação da estratégia nacional do combate à corrupção e o “orgulho” no trabalho que tem sido feito na reforma da floresta e da proteção civil.

António Costa referiu-se, ainda, a “outros grandes desafios da sociedade, como o da educação, da formação, da inovação”, onde foram conseguidos avanços significativos, designadamente ao nível do abandono escolar precoce, ou do maior número de sempre de alunos a entrar no ensino superior.

A valorização do Interior é outra aposta estratégica do Governo PS, pelo que, de acordo com as palavras do Secretário-geral, “é com orgulho que podemos adiantar que conseguimos, entre os setores público e privado, investir mais de 5 mil milhões de euros no Interior, o que significa mais de um terço daquilo que é a nossa ‘bazuca’ europeia”.

Reafirmar o PS como o maior partido autárquico

No final da sua intervenção, António Costa afirmou que “este é o tempo de arregaçar as mangas, não só daqueles que estão no Governo, mas também daqueles que estão nas freguesias e nas câmaras ou em todos os locais em que se pode fazer a diferença”.

Face à aproximação do dia das eleições autárquicas, o Secretário-geral socialista apela a uma “grande mobilização” por parte do PS, pois “este não é o tempo para se estar ausente, mas para se estar presente”.

“Não somos um partido qualquer, somos o maior partido autárquico português. Somos um grande partido nacional popular. Somos o único partido que tem autarquias nos Açores, na Madeira, no Algarve, no Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo, no Centro e no Norte”, sublinhou o líder socialista.

“Queremos continuar a ser o maior partido nas freguesias e nas Câmaras, não para pôr uma bandeira do PS, mas porque todos somos poucos para servir Portugal”, concluiu António Costa, gerando uma nova forte e entusiástica ovação em pé dos congressistas.

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