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PS quer dignificar emigração portuguesa com criação de museu nacional

PS quer dignificar emigração portuguesa com criação de museu nacional

“Reconhecer, eliminar preconceitos e dignificar a emigração portuguesa, que inclusivamente tem o seu reconhecimento na Constituição da República”, é o que o Partido Socialista pretende com a apresentação de dois projetos de resolução sobre a valorização do ensino da história da emigração portuguesa e a criação de um Museu Nacional da Emigração, explicou hoje, no Parlamento, o deputado Paulo Pisco. Desta forma, também se honra “o esforço de muitos que se empenharam nesta luta”, acrescentou o parlamentar.

O deputado do PS defendeu que a criação de um museu e o ensino da história da emigração nas escolas “têm uma função pedagógica complementar essencial para que a sociedade e as instituições possam conhecer e compreender um fenómeno que a todos diz respeito e que a todos deve mobilizar”.

O PS pretende criar um Museu Nacional da Emigração, que “deverá ser um lugar de cultura e de turismo, um espaço aberto às escolas”, um lugar de “debate, de reflexão e investigação, a carecer de um centro de documentação, como aliás já existiu no tempo do secretário de Estado José Lello”, apontou.

Paulo Pisco revelou que “há uma quantidade gigantesca de informação dispersa em monografias, objetos, arquivos, património edificado e linhagens de gerações de portugueses do continente, dos Açores e da Madeira à espera de quem lhes dê um destino”, e indicou que o museu deveria ficar localizado “numa região de forte emigração, que seja central e de fácil acesso”.

O socialista lembrou que nas escolas “a visão da emigração é ainda consideravelmente limitada, designadamente nas disciplinas de Geografia ou História, integradas no contexto geral das migrações”.

Fala-se das remessas, mas sem pensar na importância desse dinheiro para a economia real”, afirmou.

“É da maior importância que a escola faça a pedagogia que ainda não foi feita, dando a conhecer, valorizando e dignificando aqueles que no passado foram sempre estigmatizados”, alertou Paulo Pisco, acrescentando que nas universidades devem ser “fomentados os estudos sobre a emigração portuguesa, para se compreender melhor todas as dimensões da sua existência”.