Em conferência de imprensa, o deputado Olavo Câmara, eleito pela Madeira à Assembleia da República, adiantou que o partido irá dar entrada no Parlamento madeirense a uma proposta nesse sentido.
Dando conta dos mais de 20 mil desempregados registados na Região e das consequências sociais inerentes a esta situação, o socialista, que lidera também a organização da Juventude Socialista na Madeira, considerou que urge respostas para fazer face a esta situação. Tal como adiantou, esta problemática foi agravada com a pandemia, mas não se deve apenas a esta questão. “É um problema estrutural na RAM que precisa de respostas e é a consequência da falta de políticas dos sucessivos governos regionais, que têm deixado muitos madeirenses para trás”, sustentou.
Olavo Câmara vincou que o PS e a JS defendem uma aposta na criação de emprego, na majoração dos apoios existentes e, acima de tudo, no aumento dos incentivos às empresas para contratarem desempregados. “Vamos apresentar na ALRAM uma proposta que vem defender a duplicação dos apoios existentes dos programas de emprego e de formação em contexto de trabalho e dos estágios profissionais do Instituto de Emprego da Madeira, precisamente para que as empresas se sintam beneficiadas, tenham capacidade de arriscar e venham a contratar muitos madeirenses”, adiantou. O socialista exemplificou que uma empresa que ao fim desses programas contrate uma pessoa por tempo indeterminado beneficia de um apoio no montante de oito vezes o Indexante de Apoios Sociais (cerca de 3.500), sendo que, com a proposta do PS, esse valor duplica para cerca de 7.000 euros (16 vezes o IAS).
“Este é o caminho que deve ser feito na RAM, o incentivo às empresas para criarem emprego”, disse Olavo Câmara, lembrando que a Madeira tem a mais alta taxa de desemprego jovem do país, uma das maiores taxas de emigração, jovens com precariedade laboral e salários baixos, bem como muitas pessoas em risco de pobreza. “O desemprego, a emigração, a precariedade e a pobreza são a marca da governação do PSD na Região” e “temos de a combater e inverter”, rematou ainda.
