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Portugal tem em estudo diferentes alternativas para distribuir gás natural à Europa

Portugal tem em estudo diferentes alternativas para distribuir gás natural à Europa

Portugal está a estudar novas soluções que possibilitem distribuir a partir de Sines o gás natural à Europa. A garantia foi deixada pelo primeiro-ministro na Alemanha, lembrando, contudo, que o Governo de Emmanuel Macron já mostrou toda a disponibilidade para levantar as restrições que têm impedido o estabelecimento das interconexões energéticas através dos Pirenéus.

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Porto de Sines

Reconhecendo que as soluções que agora começaram a ser estudas para se ultrapassar as dificuldades e os entraves até aqui colocados pela França “são naturalmente mais complexas” e de mais difícil execução, o primeiro-ministro insistiu, contudo, que o plano do Governo português tem “efeitos imediatos”, voltando a defender que o porto de Sines reúne todas as condições para a qualquer momento, se necessário, “amentar a quantidade de gás a enviar para o centro da Europa”.

Uma decisão que, como garantiu, está pensada e é possível de realizar num prazo relativamente curto, recorrendo, desde logo, “à otimização da gestão da estrutura que está ligada”. “Em poucos meses podemos aumentar significativamente essa capacidade através da aquisição pelo porto de Sines de equipamento que permite fazer a trasfega de barco para barco”, completou.

Também o armazenamento de gás natural mereceu ao primeiro-ministro uma atenção especial, deixando a garantia que num prazo de dois anos, “com recurso a investimentos que a REN (Rede Elétrica Nacional) está disponível para fazer”, o porto de Sines terá a sua capacidade aumentada, insistindo que, num prazo de quatro anos, “Portugal poderá ainda aumentar o abastecimento de gás natural à Europa”, sendo para isso necessário que seja “desbloqueado o problema da interconexão da Península Ibérica com o resto da Europa”.

Reconhecimento europeu

António Costa considerou como muito positivo que a Comissão Europeia tenha finalmente reconhecido a “prioridade” e a importância desta interconexão da Península Ibérica com a Europa, uma deliberação, como assinalou, que terá permitido que a França, de imediato, tivesse invertido a sua decisão e levantado as restrições que inicialmente colocara.

Neste encontro com os jornalistas na cidade alemã de Hannover, o primeiro-ministro voltou a elencar as qualidades e as vantagens do porto de Sines, comparando-as com os congéneres do Norte, que estão “altamente congestionados”, destacando o facto de Sines estar mais perto não só dos Estados-Unidos da América, como também da Nigéria, mas também pelo facto de apresentar uma melhor e mais adequada resposta para acolher os metaneiros de grande dimensão e fazer a trasfega para barcos de média ou de pequena dimensão, “que têm maior facilidade” em transportar o gás natural para portos de menor dimensão.

De uma coisa António Costa disse ter a certeza: nos próximos anos a Europa vai “necessitar crescentemente” de mais energia, sendo por isso absolutamente necessário, como alertou, não descurar o investimento nas interconexões que hoje servem o gás natural, e que amanhã vão também servir para o abastecimento de hidrogénio verde, reafirmando que, se este investimento tivesse sido feito atempadamente, a Europa e os europeus já estavam hoje a “beneficiar dessa nova capacidade”.

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