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Portugal defende nas Nações Unidas reforço da igualdade e inclusão perante novos desafios do trabalho

Portugal defende nas Nações Unidas reforço da igualdade e inclusão perante novos desafios do trabalho

Num mundo em crise e em profundada mudança, referiu a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, onde a agenda global “nos convoca para novos desafios”, também no mundo do trabalho, “temos a obrigação de aprofundar as políticas públicas de igualdade e de inclusão social”.

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Ana Catarina Mendes, Nações Unidas

A propósito do Dia Internacional da Mulher, que hoje, 8 de março, se comemora, Ana Catarina Mendes participou ontem, em Nova Iorque, na 67ª sessão da Comissão das Nações Unidas sobre o Estatuto da Mulher, ocasião onde apelou aos governos para que aprofundem as políticas públicas de “igualdade e inclusão digital”, recordando ser esta uma agenda que “nos convoca a todos” para os novos desafios que se abrem no mundo do trabalho e na organização da sociedade.

Para a governante, que tem também a tutela da igualdade, as novas tecnologias trazem benefícios evidentes e novas oportunidades para a qualidade da vida das mulheres, importando, contudo, como salientou, que estas novas ferramentas sejam usadas de forma a “evitar que se agravem as desigualdades de género”.

Na sua intervenção, Ana Catarina Mendes que fez questão de lembrar que, face à crescente instabilidade social que se vive em algumas sociedades, onde é “evidente o agravamento das condições da vida das mulheres e das raparigas e o retrocesso dos seus direitos”, é urgente que as democracias respondam a este flagelo ajudando a “inverter e a travar” esta realidade, avançando com “novas politicas públicas” que sejam capazes de “valorizar a igualdade de oportunidades”.

A este propósito, deu o exemplo de Portugal, onde o Governo socialista tem vindo a trabalhar no sentido de inverter, de forma “estrutural e transversal”, a questão das desigualdades, “valorizando as oportunidades entre homens e mulheres”, referindo aqui uma iniciativa nacional de apoio a projetos direcionados a raparigas e que tem em vista o “desenvolvimento de competências digitais e de acesso a estudos superiores na área da digitalização e da inteligência artificial”.

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares lembrou ainda, nesta 67ª sessão das Nações Unidas sobre o Estatuto da Mulher, que o Governo português aprovou, já em 2018, a nova Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação. Um documento, como salientou, “alinhado com a Agenda do Portugal 2030”, e onde é valorizada a igualdade de género nas áreas da “mudança tecnológica, na educação e na era digital”, insistindo Ana Catarina Mendes na tese de que a desigualdade de género no plano digital resulta, essencialmente, “tal como é referido em diversos estudos”, da “persistência de fortes estereótipos de género e preconceitos sobre o que é apropriado para mulheres e homens, atribuindo-se capacidades diferenciadas a cada sexo”.

Inverter esta realidade combatendo estes estereótipos, ainda segundo a ministra, foi a tarefa a que o Governo português meteu ombros, levando, por exemplo, jovens raparigas às universidades de engenharia para que aí tomassem contato mais diretamente com as áreas das tecnologias de informação e comunicação, comummente “destinadas a profissões masculinas”, ficando provado, como garantiu, que “não há profissões para homens e profissões para mulheres”.

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