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Moção de censura mostrou esgotamento da oposição

Moção de censura mostrou esgotamento da oposição

A moção de censura ao Governo apresentada pelo CDS, “volvidos escassos minutos do seu anúncio, mostrou servir para coisa nenhuma”, considerou ontem o líder parlamentar do PS, no Parlamento.
Moção de censura mostrou esgotamento da oposição

“Não serve para derrubar o Governo, não serviu para apresentar propostas, não servirá para demonstrar outra coisa que não seja a reconfirmação do apoio maioritário de que o Governo dispõe nesta Assembleia”, garantiu Carlos César durante o debate.

No entanto, segundo o presidente da bancada socialista, esta moção tem “uma virtude”: mostra que não é o Governo que está esgotado; “esgotada está a oposição, que hoje repete o seu fracasso”.

“O que leva o CDS a levantar a crista e a apresentar esta moção de censura, e o PSD, rasteirado e desnorteado, a servir-lhe de palmilha, como um partido amordaçado?”, questionou Carlos César, para depois responder que “só a voracidade de um e a desorientação de outro”.

O presidente do Grupo Parlamentar do PS disse depois que “coube ao PSD o papel menos prestigioso”, já que, “depois de admoestado pelo deputado [do CDS] Nuno Melo, o PSD acabou por contrariar o deputado Rangel que dizia que o PSD não iria atrás de iniciativas como a do CDS, que qualificou como ‘partido de protesto’”.

Governo do PS desceu carga fiscal

Carlos César criticou os partidos da direita por dizerem que o Governo do PS aumentou impostos. “Pelo contrário. Foi com o Governo CDS/PSD que a carga fiscal em Portugal atingiu o máximo histórico e foi com o atual Governo que desceu, enquanto subia na zona euro”, sublinhou.

E mais: “O CDS não tem uma palavra sobre o Portugal insular e sobre o Portugal do interior”. O líder parlamentar socialista notou que “não lhes interessa saber das medidas em curso de atração de investimento, benefícios fiscais, redução de custos para as empresas, das medidas de incentivo à fixação de população ou da estratégia de defesa da floresta”.

Já a respeito da remodelação governamental, Carlos César não deixou de saudar o primeiro-ministro, António Costa, “pela forma como tem convocado para a atividade governativa uma nova geração, o que bem contrasta com a incapacidade dos partidos da direita parlamentar contrariarem o seu próprio envelhecimento político”.

A moção de censura do CDS-PP ao Governo foi esta quarta-feira chumbada pela Esquerda e PAN, com 115 votos contra e 103 a favor.