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Medidas para combater efeitos da seca não dispensam sensibilização à poupança de água

Medidas para combater efeitos da seca não dispensam sensibilização à poupança de água

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, garante que os recursos mobilizados pelo Executivo para combater os efeitos da seca no país permitem assegurar que não haverá dificuldade de fornecimento de água aos portugueses. O governante chama, no entanto, a atenção para a importância de uma forte consciencialização coletiva para a poupança e o uso inteligente dos recursos hídricos.
Medidas para combater efeitos da seca não dispensam sensibilização à poupança de água

“Estou absolutamente em condições de poder voltar a garantir que, tal como no ano 2017, em 2018 a água não vai faltar na torneira de nenhum dos portugueses”, assegurou o governante, à margem da celebração de um acordo de cooperação com Moçambique em matéria climática, acrescentando que esta garantia “não quer dizer que não tenhamos todos de adaptar usos”.

Referindo ser inevitável a existência de alguns constrangimentos de uso, nomeadamente no sector agrícola, Matos Fernandes apontou que a “primeira prioridade” será sempre garantir o uso essencial de consumo pelos portugueses, objetivo para o qual o Governo tem vindo a trabalhar em medidas de ação concretas.

“Portugal tem feito um combate muito grande à seca”, vincou Matos Fernandes, destacando, os investimentos em curso, em particular no sul do país.

“Estamos a fazer um conjunto de investimentos vasto, que ultrapassa 60 milhões de euros, para fazer interligações entre albufeiras a partir do Alqueva”, referiu, salientando também os projetos desenvolvidos para “aproveitar os efluentes tratados” para um “conjunto de usos secundários” nas 50 maiores estações de tratamento de águas residuais do país.

Matos Fernandes apontou ainda como exemplo o trabalho de limpeza do fundo das albufeiras para as libertar de um “volume morto” que atualmente não pode ser consumido, de maneira a que “toda a água possa ser virtualmente utilizada”.

“Tudo aquilo que estamos a fazer dará frutos muitos seguros já para o ano de 2019, em que, de igual forma não faltará certamente água a ninguém. Teremos de fazer um esforço em todos os sectores para poupar água”, recordou, acentuando a importância da campanha de poupança recentemente anunciada pelo Executivo.

O acordo de cooperação, celebrado em Maputo, prevê o apoio de Portugal em medidas que ajudem Moçambique a enfrentar as alterações climáticas, com o ministro português a sublinhar que este se trata de um combate global.

“As estações do ano já não são o que nos ensinaram” e a água é um recurso com tendência para ser “menos abundante”, assinalou.