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Mais e melhor investimento público é essencial para recuperar o país

Mais e melhor investimento público é essencial para recuperar o país

Só através de mais investimento público o país poderá responder de forma satisfatória à crise económica e social provocada pela pandemia de covid-19, que segundo o primeiro-ministro é uma crise claramente diferente da anterior das dívidas soberanas.
Mais e melhor investimento público é essencial para recuperar o país

De acordo com o primeiro-ministro, que falava no final de uma visita às obras de requalificação da Escola Secundária Camões, em Lisboa, na companhia do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o país não pode repetir as escolhas que fez perante a crise financeira internacional de 2010, quando decidiu “parar com o investimento público”, interrompendo, designadamente, a “recuperação do parque escolar”, garantindo António Costa que desta vez, perante a crise atual de Covid-19, há a clara perceção por parte do Governo de que “não pode, nem deve interromper, pelo contrário, deve acelerar o investimento público”.

Neste sentido, e ainda segundo o primeiro-ministro, o Governo tem vindo a apostar no incremento do investimento público, designadamente na requalificação do parque escolar, de que a escola secundária Camões é apenas um dos exemplos, lembrando que desde 2016 o investimento público em Portugal “terá aumentado mais de 60%”, sendo que este ano foi já ampliado em cerca de “mais 20%” e não apenas, como salientou, no setor educativo, mas também e sobretudo na área da saúde.

A este propósito, o chefe do executivo lembrou que o setor da construção civil “foi dos poucos que nunca parou” durante este último ano de crise pandémica, salientando que mesmo “nos momentos mais difíceis”, enquanto muitos outros tiveram que parar e manter os seus trabalhadores em casa para os proteger, como foi o caso das atividades letivas presenciais, houve sempre outros – e o da construção civil é disso um exemplo – “mesmo com os seus trabalhadores a correrem risco de saúde”, que nunca pararam, o que “foi fundamental para sustentar a economia e o emprego”.

Passos para o desconfinamento

O primeiro-ministro e líder socialista referiu-se depois ao processo de desconfinamento, a ser implementado “a conta-gotas” no país, como salientou, lembrando que as primeiras decisões neste capítulo passaram já pela abertura das creches, jardins de infância e pelo 1º ciclo, garantindo que está a ser desenvolvido “um grande esforço” para que este programa de desconfinamento “corra bem e possa prosseguir” com a abertura em breve do 2º e do 3º ciclo, “logo a seguir à Páscoa”, para depois continuar com a abertura dos ensinos secundário e superior.

Escolas preparadas

Também o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, salientou a importância do regresso para breve das aulas presenciais, defendendo que o lugar onde devem estar os alunos, os professores e os trabalhadores não docentes, “é nas suas próprias escolas”, porque é lá, como referiu, que “o processo de ensino verdadeiramente acontece”, garantindo que estão a ser tomadas todas as medidas e cumpridas todas as regras de segurança contra a pandemia.

Ainda de acordo com o ministro, segurança é a palavra de ordem no que se refere ao processo de desconfinamento que se iniciou pelos graus mais baixos do ensino e que está plenamente garantida, como salientou, pela “prática das últimas semanas”.

Lembrando que o controlo de segurança tem passado pela testagem em massa de educadores e de trabalhadores não docentes, o que veio acrescentar maiores níveis de confiança, o ministro reafirmou que as escolas “estão preparadas para participarem no processo de desconfinamento e de vacinação”, procedimento que começará em breve, e que será “a outra forma de demostrarmos que as escolas têm de ser resilientes”.