home

Indústria de Defesa europeia tem condições para ser um dos motores do crescimento económico

Indústria de Defesa europeia tem condições para ser um dos motores do crescimento económico

A indústria de Defesa europeia representa hoje um dos principais “motores do crescimento económico da Europa”, defendeu o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, lembrando tratar-se de um setor que está predominantemente orientado para a internacionalização, mas também para a “inovação e a produção de empregos altamente qualificados”.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

De acordo com o ministro João Gomes Cravinho, que participava em Lisboa na sessão de abertura de um seminário sobre Economia de Defesa Europeia, encontro realizado no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, esta é também uma indústria que “contribui diretamente, e de forma muito assinalável, para o Pacto Ecológico Europeu”, designadamente através da “transformação digital”. Uma área que o ministro considera ser decisiva, também por se interligar com outros setores das economias nacionais, lembrando que a Europa atravessa um momento favorável para apostar no desenvolvimento da sua indústria de Defesa, ressalvando, contudo, “haver ainda um enorme trabalho pela frente”.

A resiliência da indústria de defesa é, para João Gomes Cravinho, uma das prioridades imediatas na qual os Estados europeus se devem focar, olhando com particular atenção para a “cadeia de abastecimento”, aspeto crítico para o setor, como reforçou, não deixando igualmente de “abordar os “impactos da regulamentação na nossa capacidade de responder a um ambiente de segurança volátil”.

Perante um quadro geral que aponta para que a grande maioria das empresas europeias de Defesa sejam de pequena e de média dimensão, o ministro apelou à necessidade de “nivelar as condições de concorrência”, lembrando, a propósito, que os regulamentos recentemente aprovados para o Fundo Europeu de Defesa “representam um passo na direção certa”, reconhecendo, contudo, tratar-se por enquanto, “apenas do começo”.

Segundo João Gomes Cravinho, há toda a necessidade de melhorar as capacidades e de “alinhar os ciclos de desenvolvimento” da União Europeia e da NATO, uma aposta que “ajudaria a melhorar a gestão do investimento com o resultado final”, designadamente a nível da cibersegurança, como sustentou, mas também no combate à corrupção e na “identificação adequada de parceiros prioritários e fiáveis fora da União Europeia”.

Para que este cenário se execute, o ministro defendeu a existência de uma “representação geográfica equilibrada”, através do reforço da capacidade nacional, o que segundo o governante asseguraria que “todos os representantes nacionais de Base Tecnológica e Industrial de Defesa pudessem ter uma voz no diálogo com as instituições da UE”.

A união faz a força

Para o ministro da Defesa tanto a União Europeia como a NATO terão de dispor individualmente, e “sempre que necessário”, da “maior capacidade de resposta”, com particular atenção ao espaço europeu onde terá de haver um conjunto coerente de forças que esteja à disposição da União Europeia para que possam “atuar sozinhas quando necessário” e em parceria “sempre que possível”.

O que, em qualquer caso, não pode acontecer, na opinião do governante, é correr-se o risco de enquanto se trabalha no âmbito de “dossiês importantes”, como a “Bússola Estratégica, a implementação da nova estratégia espacial da União Europeia e do Fundo Europeu de Defesa”, não se “abordar adequadamente as capacidades de que necessitamos para sustentar esses esforços”.

ARTIGOS RELACIONADOS