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Governo revela 21 obras adquiridas e reforça investimento para 2020

Governo revela 21 obras adquiridas e reforça investimento para 2020

O Governo vai reforçar o investimento em aquisições de arte contemporânea portuguesa para 500 mil euros em 2020, incentivando os privados a participar na estratégia, anunciou ontem, em Lisboa, a ministra da Cultura.
Governo revela 21 obras adquiridas e reforça investimento para 2020

O anúncio foi feito por Graça Fonseca, no Palácio Nacional da Ajuda, na sessão de apresentação de seis das 21 obras de 20 artistas portugueses que foram escolhidas em 2019 por um comité especializado, ao abrigo deste programa, passando a integrar o acervo da Coleção de Arte Contemporânea do Estado.

A titular da pasta da Cultura adiantou, também, que o Governo vai aumentar de 300 mil para 500 mil euros o valor das aquisições para este ano. Além deste investimento, acrescentou a ministra, em ligação com o turismo, “os contratos de concessão celebrados no âmbito do programa conjunto Revive passarão a incluir uma verba destinada à aquisição de obras de arte contemporânea”.

“Ao fim de quase 20 anos, foi retomada uma política pública de aquisições de obras de arte contemporânea”, regozijou-se.

O conjunto de 21 obras é o primeiro a ser escolhido pela Comissão para a Aquisição de Arte Contemporânea, criada para o efeito, incluindo peças de Vasco Araújo, Filipa César, Alexandre Estrela, Von Calhau, Patrícia Almeida, João Maria Gusmão, Pedro Paiva, António Júlio Duarte, António Bolota, Carla Filipe, Dayana Lucas, Paulo Mendes, Fernando Brito, Gonçalo Pena, João Jacinto, Miguel Soares, Isabel Carvalho, Pedro Tudela, Silvestre Pestana e Pedro Neves Marques.

As obras adquiridas entrarão para o acervo da Coleção de Arte Contemporânea do Estado, estando já previstas duas exposições para este ano, que estarão patentes, no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado (MNAC), e outra no âmbito da ARCO Lisboa 2020.

A intenção, no entanto, é que as obras circulem pelo país, para exibição e fruição públicas, ao encontro do que tem sido a estratégia do Ministério da Cultura para as grandes coleções e acervos nacionais de arte.

“Há que promover uma verdadeira circulação dos acervos desta Coleção, numa simbiose entre fruição pública e estudo, por todo o território nacional, para a valorização das suas obras, da arte portuguesa e dos seus criadores, mas também do território, qualificando-o, através da disponibilização de uma oferta cultural e artística capaz de gerar dinâmicas locais de envolvimento, divulgação e reflexão”, explicou a governante.

Na sessão de apresentação das obras escolhidas, Graça Fonseca incentivou ainda o setor privado a participar nesta “missão nacional”, visando, como referiu, “reforçar o investimento em arte contemporânea portuguesa e, em simultâneo, alargar-se a rede de exibição de obras de artistas”.

“É essencial envolver todos nesta missão nacional de promover e apoiar a cultura, não apenas as diversas áreas de Governo e entidades públicas, como também entidades privadas”, sublinhou.

A Comissão para a Aquisição de Arte Contemporânea, que tem uma duração bienal, é presentemente composta por sete elementos, as curadoras Sandra Vieira Jürgens e Eduarda Neves, os artistas Manuel João Vieira, Sara Nunes e André Campos, e ainda David Santos, subdiretor geral do Património Cultural, e David Teles Pereira, em representação do gabinete da ministra da Cultura.