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Governo quer valorizar a escola e apoiar o empreendedorismo

Governo quer valorizar a escola e apoiar o empreendedorismo

A valorização da escola é essencial para combater o fenómeno de jovens que nem estudam, nem trabalham, nem estão em formação, afirmou o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, ao intervir no Seminário Internacional “Cidade das Profissões”, no Porto.

Na ocasião, Vieira da Silva referiu que 80% dos cerca de 100 mil jovens entre os 15 e os 24 anos nessas condições não encontraram alternativas.

“A estratégia que o Governo desenvolveu passa muito pela valorização da escola”, disse o governante, acrescentando a necessidade de reduzir “os níveis de abandono e insucesso escolar registados no país, que estão acima do que seria aceitável”.

Vieira da Silva afirmou que esta valorização é absolutamente decisiva e realçou que a primeira parte da resposta passa por conseguir que “todos possam completar o ensino secundário e que depois não estejam mais de quatro meses sem que lhes seja oferecida uma proposta de trabalho”.

Já na apresentação do Coopjovem, programa de vocacionado para os jovens NEET, o ministro Vieira da Silva apontou que os jovens que não trabalham, não estudam e não estão em formação são “um número muito significativo”, uma realidade que considerou como “algo dramático, em termos individuais, como em termos coletivos”.

O governante considerou, a propósito deste programa de apoio ao empreendedorismo, que a “iniciativa cooperativa e, em particular, a iniciativa que é feita em cooperativa” tem um “enorme potencial de adesão” na sociedade moderna.

Destinado a “jovens NEET” (Young people not in employment, education or training), com idades entre os 18 e os 29 anos, o programa prevê abranger 2700 jovens e tem um financiamento de 15 milhões de euros destinados à criação do próprio emprego, sob a forma de empresa cooperativa, com o objetivo de facilitar o trajeto de vida destes jovens.

Para isso, prevê vários tipos de apoio, nomeadamente bolsas, apoio técnico e um apoio financeiro, até 15 mil euros, para a criação e instalação da cooperativa.
O COOPJOVEM constitui-se como uma das medidas do Plano Nacional de Implementação de uma Garantia para a Juventude.