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Governo e a CML reafirmaram a importância do projecto para Alcântara

Governo e a CML reafirmaram a importância do projecto para Alcântara

O Governo e a Câmara Municipal de Lisboa reafirmaram a importância de se avançar com o projecto do porto de Lisboa para Alcântara. Mário Lino, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes e António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, participaram ontem no debate promovido pela Concelhia de Lisboa do Partido Socialista sobre a “Frente Ribeirinha e o Projecto para o Porto de Lisboa de Alcântara”. 

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Na sessão, que esteve aberta ao público, Mário Lino desvalorizou as críticas levantadas sobre o projecto, que diz se referirem apenas ao efeito visual da intervenção: “O impacto visual vai ser menor do que é hoje, com os edifícios que lá estão e com os quais nunca vi ninguém preocupado”, afirmou e avançou com uma série de razões que justiçam o avanço do projecto, que inclui a ampliação do terminal de contentores, o desnivelamento do nó ferroviário de Alcântara e a promoção da intermodalidade de transportes na zona. Segundo este governante, é necessário existirem infra-estruturas de apoio ao grandes navios que aportam em Lisboa, que vão desde uma rede de transportes rodoviária e ferroviária até a uma plataforma logística com capacidade para cargas e descargas. Para o ministro das Obras Públicas, o porto de Lisboa tem essas condições na zona de Alcântara. “Não há mais nenhuma zona na frente ribeirinha onde essas condições existam”, conclui.

Mário Lino garantiu também que o prolongamento do contrato de concessão do terminal à empresa Liscont, que disponibilizará a maior fatia do investimento, foi uma situação “perfeitamente legal” e “necessária” para manter o país na luta por um lugar de destaque no transporte de mercadorias e passageiros. “Estamos perante duas alternativas: mandar os barcos para os portos espanhóis ou captá-los para o nosso território”, afirmou o ministro da tutela, explicando que esperar pelo fim do contrato com a Liscont, em 2015, seria adiar o alargamento da capacidade do terminal e diminuir a resposta à procura.

Por seu lado, Ana Paula Vitorino assegurou que o alargamento do terminal permitirá o acolhimento regular de navios com maior profundidade, o alinhamento do cais e o consequente aumento da capacidade de recepção da zona do rio que tem os maiores fundos, e a criação de uma praça de acesso público junto à Gare, numa zona actualmente vedada. Segundo a secretária de Estado, as restantes intervenções, como o desnivelamento do nó ferroviário e promoção da intermodalidade do projecto servirão, por exemplo, para reduzir a viagem de comboio entre Cascais e Entrecampos de 68 para 40 minutos, motivando um aumento da procura daquela linha em 39 por cento.