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Governo destina apoio de 40 ME para recuperação dos territórios de Odemira e Castelo Branco

Governo destina apoio de 40 ME para recuperação dos territórios de Odemira e Castelo Branco

As zonas de Odemira e de Castelo Branco atingidas por incêndios, neste último verão, vão ter um apoio de 40 milhões de euros para recuperação dos respetivos territórios, através da criação de áreas integradas de gestão da paisagem.

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Ana Abrunhosa

As medidas de apoio a estes dois territórios foram aprovadas na passada quinta-feira, em Conselho de Ministros, que declarou como “situações excecionais” os incêndios ocorridos no início de agosto em Castelo Branco e Proença-a-Nova (no distrito de Castelo Branco) e em Odemira (Beja), Aljezur e Monchique (ambos no distrito de Faro, determinando medidas para fazer face aos danos causados.

Segundo revelou a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, estarão disponíveis 40 milhões de euros para estas duas zonas, um valor acima dos cerca de 25 milhões de euros de prejuízos declarados e que tem por objetivo não apenas “repor aquilo que ardeu e ficou danificado, mas também introduzir medidas de resiliência” nos territórios.

Assim, em ambas as zonas, o Governo pretende criar áreas integradas de gestão da paisagem, com intervenções “no sentido de ordenar em termos florestais o território” e de “intercalar a cultura da floresta” mais adequada à região, sobretudo autóctone, “com a agricultura”, estimulando, igualmente, a valorização do território, o apoio ao turismo e a criação de rendimento.

A ministra salientou que este “é um projeto de médio e longo prazo”, tanto para Odemira, que está incluída na Rede Natura e “é muito sensível em termos de biodiversidade”, como para a zona de Castelo Branco, que também “já estava identificada como extremamente sensível”.

“A ideia aqui é ter o território com rendimento, para que os proprietários possam e tenham o incentivo de aderir a esta nova forma de gestão do território”, mesmo para aqueles cujo território sirva para a faixa de combustão, explicou.

Segundo a ministra, esta gestão permitirá “que o Governo pague a estes territórios”, uma vez que “contribuem para a qualidade da água e a qualidade do ar” e prestam um “serviço aos ecossistemas”.

Ana Abrunhosa aludiu ainda, neste contexto, às vantagens da aplicação do mercado de carbono, instrumento que é regulado e certificado pela ONU, permitindo às empresas que não conseguem reduzir as suas emissões comprar “créditos” a outras entidades sustentáveis, gerando rendimentos para estas.

“Se há territórios onde o mercado de carbono faça sentido, é nos territórios onde temos florestas”, acrescentou.

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