No final da reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, precisou que a situação da pandemia no país é hoje “mais preocupante” do que nas semanas anteriores, indicando a degradação dos indicadores da matriz: incidência, que em Portugal continental subiu para 90,5 casos por 100 mil habitantes e índice de transmissibilidade (Rt), que é agora de 1,13.
“Estamos hoje claramente numa situação já bastante longe da zona verde e, portanto, o país está numa situação mais preocupante do que estava há uma semana, como um todo, com as desigualdades territoriais que conhecem”, afirmou.
Mariana Vieira da Silva referiu que “as restrições de circulação de e para a AML aplicam-se a partir das 15h00” de sexta-feira e pretendem que “a elevada incidência que se faz sentir nesta região não se transporte para fora dela”. A ministra destacou que esta é uma medida nova de controlo da pandemia, que “não é fácil nem desejada por ninguém, mas que é necessária” para conter o agravamento da incidência da doença nesta região, sobretudo com a prevalência da variante “delta” do coronavírus.
Entre os 10 concelhos que se encontram em situação diferente do resto do país, com 120 a 240 casos por 100 mil habitantes pela segunda vez, ficando sujeitos às restrições da fase anterior de desconfinameto, estão Albufeira, Arruda dos Vinhos, Braga, Cascais, Lisboa, Loulé, Odemira, Sertã e Sintra.
No caso de Sesimbra, que registou outra vez 240 a 480 casos por 100 mil habitantes, a restauração e os estabelecimentos vão encerrar às 15h30 durante os fins de semana.
Por outro lado, há quatro concelhos que recuperaram e podem acompanhar a fase atual de desconfinamento: Alcanena, Paredes de Coura, Santarém e Vale de Cambra
A ministra da Presidência salientou ainda que, face à situação “mais preocupante” da evolução da pandemia, “muito dificilmente” se poderá avançar para a fase seguinte do plano de desconfinamento de Portugal Continental, que foi apontada para 28 de junho
“Semanalmente, fazemos aqui a avaliação do ponto de situação a nível nacional e ela hoje afasta-se claramente da zona verde [da matriz de risco], o que significa que para a semana, quando estava prevista uma nova fase de desconfinamento, ela muito dificilmente com estes números – e se continuarem estes números – se poderá verificar”, assinalou.
