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Eurico Brilhante Dias estranha que AD lance um leilão de promessas sem corar de vergonha

Eurico Brilhante Dias estranha que AD lance um leilão de promessas sem corar de vergonha

Eurico Brilhante Dias criticou, esta quarta-feira, o “leilão de promessas” da Aliança Democrática antes das eleições (AD) e considerou “espantoso” que o PSD, que “sempre criticou o Governo por empobrecer o país, venha agora afirmar que é possível permitir dar tudo a todos”.

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Eurico Brilhante Dias

Voltando a dizer que nada na Constituição obrigava a que o Presidente da República dissolvesse o Parlamento na sequência do pedido de demissão do primeiro-ministro, o presidente do Grupo Parlamentar do PS asseverou, durante o período de declarações políticas na reunião da comissão permanente, que “o Partido Socialista é a única força política capaz de garantir previsibilidade e estabilidade à vida das famílias e das empresas portuguesas”.

Senão veja-se, as famílias portuguesas, no presente mês de janeiro, “já sentiram, ou sentirão até ao fim do mês, no seu dia-a-adia os aumentos dos salários, das pensões, das prestações sociais e os efeitos da redução de tributação em sede de IRS”, exemplificou.

Eurico Brilhante Dias estranhou depois o que “temos vindo a assistir por parte dos partidos da oposição” à direita do PS em termos de promessas eleitorais, tratando-se de uma “total irresponsabilidade”.

“Veja-se o caso da nova Aliança Democrática, que promete a descida do IRC, do IRS, a eliminação do IMT na compra de primeira habitação para os jovens, a reposição integral – veja-se a pirueta – do tempo de serviço dos professores, universalidade das creches e aumento dos vouchers para consultas médicas no setor privado”, mencionou o líder parlamentar socialista, acrescentando-se a necessidade de manter o equilíbrio orçamental e reduzir a dívida pública.

Eurico Brilhante Dias chegou mesmo a questionar como consegue a AD “lançar-se neste leilão de promessas sem corar de vergonha”. Com um tom irónico, comentou que “tanta promessa só é possível porque, seguramente, os governos do PS restauraram a confiança dos portugueses, dos agentes económicos e das instituições internacionais”.

No entanto, “os portugueses já estão habituados ao não cumprimento da palavra dada pela direita antes de eleições”, assegurou o presidente da bancada do PS, e explicou porquê: “Sempre que o povo português entregou a governação à direita, teve como consequência austeridade nas suas vidas, aumento do desemprego, cortes de rendimentos – salários e pensões –, enormes aumentos de impostos”. “Ou seja, tudo ao contrário do que prometeram ao país”, vincou.

Direita dá razão aos governos do PS

Eurico Brilhante Dias comentou em seguida que não compreende, “se é o alheamento da realidade que afasta a direita do poder, ou se, pelo contrário, é o afastamento do poder que explica este alheamento da realidade”.

“É verdadeiramente espantoso que quem sempre criticou o Governo por empobrecer o país venha agora afirmar que é possível permitir dar tudo a todos. O país está assim tão mal ou, pelo contrário, por ação e governação do PS, Portugal e os portugueses estão hoje melhor do que estavam em 2015?”, questionou, dirigindo-se à bancada do PSD.

Para Eurico Brilhante Dias, a oposição de direita “dá, finalmente, razão ao Partido Socialista e aos seus governos”, já que o país está hoje “melhor do que em 2015”.

Ora, “de 2015 a 2024, os governos do Partido Socialista garantiram a convergência com a União Europeia e a superação de metas e objetivos”, sublinhou o líder parlamentar do PS, que recordou o elogio que várias instâncias internacionais têm feito ao caminho percorrido pelo Governo.

Eurico Brilhante Dias mostrou-se, pois, convicto de que, a partir do dia 10 de março, o trajeto do Partido Socialista “terá continuidade e não será interrompido”, sendo o Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, eleito primeiro-ministro de Portugal.

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