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É preciso combater o conservadorismo na gestão do sistema bancário

É preciso combater o conservadorismo na gestão do sistema bancário

O presidente da Assembleia da República defendeu ontem à noite, no Funchal, a necessidade de se combater o “conservadorismo na gestão do sistema bancário” e pediu aos deputados socialistas para continuarem com o espírito reformista, elogiando a estabilidade política do PS.

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Augusto Santos Silva

Augusto Santos Silva, que discursava no jantar do segundo dia de jornadas parlamentares do PS na Região Autónoma da Madeira, falou sobre a consolidação do sistema financeiro em Portugal e da mudança registada com a diminuição do endividamento externo do país.

“É preciso continuar a fazer um certo combate ao conservadorismo na gestão do sistema bancário”, alertou o também deputado do PS eleito pelo círculo Fora da Europa, frisando que “os bancos são empresas como as outras, devem arriscar como as outras e não devem ficar na zona de conforto daqueles que preferem crédito imobiliário e que remuneram os depósitos dos seus depositantes ao menor custo possível”.

O presidente da Assembleia da República referiu-se também à transformação “do capital humano” que está em curso em Portugal ao longo das últimas décadas, avisando que o país “continua a precisar de ter mais gente na escola, de uma universalização da frequência do Ensino Secundário e de uma ainda maior massificação da frequência e diplomação com o Ensino Superior”.

“Todos aqueles que querem travar estes processos em nome dos exames ou de uma necessidade de preservar uma exigência que eles erradamente confundem com seletividade social devem ser combatidos por todos os progressistas”, afiançou.

Para Augusto Santos Silva, “o país precisa de mais gente nas escolas e de mais gente com qualificação e não de menos”.

Já sobre as ordens profissionais, o presidente da Assembleia da República vincou que o país “não pode admitir barreiras artificiais à entrada dos jovens no mercado de trabalho”. “São barreiras sem qualquer lógica económica e cujo objetivo é apenas proteger aqueles que já lá estão, impedindo os mais novos de acederem ao mercado de trabalho”, asseverou.

PS é o garante da estabilidade política

Augusto Santos Silva salientou em seguida a necessidade de o Partido Socialista e o Governo se focarem no essencial para a vida dos portugueses: “Onde uns querem reduzir a política à espuma dos dias e aos casos anedóticos, o PS deve focar-se nas prioridades”.

“O PS tem de ter claras essas prioridades e ter espírito reformista”, reforçou o presidente da Assembleia da República, acrescentando que “deve defender o interesse geral”, não tendo “medo das resistências particulares que as transformações sempre suscitam”.

Augusto Santos Silva apontou que “as transformações que o país já conheceu resultam da continuidade das políticas e as prioridades que o país necessita que sejam enfrentadas exigem essa continuidade das políticas”.

“Podem outros falar nos dramas reais ou inventados, nos percalços reais ou inventados do quotidiano da política nacional. O PS deve focar-se nessa que é uma vantagem essencial do país e da democracia política”, disse.

Perante uma sala cheia, Augusto Santos Silva congratulou-se por o PS ser “o garante fundamental da estabilidade política” e deixou uma certeza: “Nas transformações que o PS está a sentir, o PS não tem nenhuma espécie de exclusividade. Nós temos feito um caminho com outros grupos e com outras forças. Temos feito caminho, sobretudo, com os parceiros sociais e com o terceiro setor”.

O presidente da Assembleia da República destacou, no final da sua intervenção, que o Partido Socialista “é indispensável para a concretização das prioridades das políticas públicas portuguesas”.

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